Lentidão nos negócios não deixa escalas frigoríficas evoluírem muito
O impasse entre frigoríficos e produtores sobre o preço do boi gordo continua a dar o tom dos negócios em SP, e, diante disto, as escalas não encontram muito espaço para evoluir.
Milho 
Com o dólar e a CBOT operando no campo positivo, a cotação do milho no mercado interno voltou a se valorizar, fechando a semana próximo dos R$ 49,50/sc em São Paulo. Na B3, a pressão foi mais forte, com o vencimento para setembro/20 subindo 1,9%, ficando cotado a R$ 47,79/sc. A colheita segue avançando forte, em Mato Grosso, o total colhido já ultrapassou os 70%, segundo o Imea.
O mercado climático voltou a atuar com maior força sobre as cotações do milho em Chicago nesta sexta-feira, o contrato com vencimento para setembro/20 variou 0,83% para cima, fechando a semana em US$ 3,33/bu. A previsão de clima quente nos próximos dias preocupou os players já que o cereal dos EUA começou a entrar em fase importante de polinização.
Boi gordo 
A última semana foi marcada pela lentidão no mercado de boi gordo, as negociações mornas pouco evoluíram. O impasse entre os participantes do mercado continua ditando o ritmo, que segue arrastado nas principais praças do país. As programações de abate melhoraram, mas o ainda são ajustadas. Em São Paulo, as programações de abate encerraram o dia com 6,0 dias úteis.
No atacado, o cenário também é de pouca movimentação e, mesmo antes da chegada da segunda quinzena do mês, as vendas foram consideradas relativamente fracas no geral. Neste ambiente, a ponta compradora não tem outra solução além de baixar os preços praticados, a carcaça casada fechou a semana cotada em R$ 14,00/kg.
Soja 
Sustentado no dólar, a soja no mercado interno brasileiro chegou aos R$ 116,00/sc no porto de Paranaguá. A moeda norte-americana avançou 1,18% nesta sexta-feira, ficando cotada a R$ 5,38.
O vencimento para setembro/20 da soja nos EUA avançou 0,45% nesta sexta-feira, e a oleaginosa atingiu o patamar de US$ 8,92/bu. A sustentação para esta alta vem da demanda externa pela soja norte-americana, já que pelo quarto dia consecutivo foram anunciadas vendas de mais de 100 mil toneladas de oleaginosa.
Agrifatto