Milho

O milho passou por um período de correções negativas na última semana, sendo que as quedas foram mais comedidas no mercado físico e com recuos em maior intensidade em bolsa.

O mercado spot pouco ofertado segurou as revisões de preços, mas não conseguiu sustentar equilíbrio em níveis acima de R$ 52,00/sc.

Além disso, a correção para baixo das proteínas animais também diminui o poder de compra do setor, o que reduz o apetite pelo cereal, travando as negociações.

Em bolsa os ajustes técnicos pressionaram com mais força os contratos para julho e setembro/20, caindo ao longo da última semana, 3,5% e 2,3%, respectivamente. O vencimento para jul/20 encerrou em R$ 43,35/sc e o set/20 em R$ 41,70/sc.

Para o curto prazo, poucas mudanças devem ser registradas para a comercialização de balcão, especialmente com produtores cada vez mais voltados a soja. Já as cotações em bolsa podem ensaiar uma recuperação técnica após o período de queda.

Boi gordo

As escalas de abate encerram a semana ligeiramente mais confortáveis, indicando a possibilidade de uma oferta de animais de pasto ficando gradualmente maior no curto/médio prazo.

As programações de abate em São Paulo, Goiás e Mato Grosso terminaram a semana em 6 dias úteis, em linha com a média dos últimos 12 meses em torno de 6,44, 6,02 e 5,90 dias, respectivamente.

Cenário parecido ocorre no Mato Grosso do Sul, onde as indústrias trabalham com aproximadamente 5,36 dias, acima da média anual em 5,12.

A exceção ocorre em Minas Gerias, com as programações de abate encerrando a semana em 4 dias úteis, abaixo da média anual (registrada em 5 dias úteis).

Na sexta-feira (17), o indicador Cepea/Esalq fechou cotado a R$ 192,50/@, alta de 0,18% na comparação diária, com máxima e mínima registradas em 206,49 e 176,81/@, respectivamente.

Soja

A assinatura da ‘Fase 1’ do acordo comercial entre EUA e China na última semana despertou uma série de dúvidas e especulações sobre o futuro do mercado da soja.

A fala do vice-premiê chinês de que o país asiático comprará o grão de acordo com as condições do mercado abre margem para diferentes interpretações, com o cenário de incertezas pressionando para baixo os preços em Chicago.

E assim, o contrato para março/20, por exemplo, perdeu o suporte de preços em US$ 9,37/bushel que vinha sendo testado desde o final do último ano. Queda acumulada de 1,8% na última semana, com fechamento em US$ 9,24/bushel na sexta-feira (16/jan).

No mercado doméstico os preços sustentaram seus patamares ao final da última semana, apoiados em um dólar mais fortalecido.

O indicador do CEPEA avançou 0,59% na comparação semanal, com última parcial em R$ 83,66/sc.