Milho

A conjuntura de preços para o milho segue sem grandes alterações, produtores ainda aguardam por indicações maiores, enquanto a ponta compradora continua atendendo suas demandas de maneira comedida.

É neste ambiente de negociações lentas que o mercado continua sustentado, além de um dólar valorizado que também colabora para manter as atuais cotações

O indicador do CEPEA tem mostrado reajustes positivos desde o início deste mês, acumulando alta de 1,32% no período, e com o último fechamento em R$ 37,72/sc (+0,05%).

E conforme a nova temporada se aproxima aqui no Brasil, o mercado climático também vai ganhando força. As expectativas ficam para um período relativamente mais úmido na próxima semana, especialmente na região Sul e Sudeste.

Entretanto, a baixa precipitação ainda preocupa, especialmente ao longo de outubro, já que um atraso no início da semeadura com a soja pode comprometer a janela de plantio com o milho safrinha.

Já o clima norte-americano se mostra mais favorável ao desenvolvimento das culturas, com temperaturas e precipitações acima da média para o período. Além disso, o clima mais quente neste momento diminui o risco de geadas no próximo mês.

Boi gordo

Nesta quarta-feira, a conjuntura do boi gordo no mercado físico continua sem grandes novidades.

O consumo interno de proteína animal na segunda quinzena do mês é menor, o que tem gerado cautela da indústria para evitar o acúmulo de estoques.

Entretanto, com as exportações aquecidas e a demanda chinesa por carnes em alta, as cotações futuras têm se aquecido, ontem (18), o contrato para novembro fechou em R$ 165,00/@, avanço de R$ 1,00 ante o fechamento anterior.

O último indicador Esalq/B3 (18/set) fechou em R$ 157,90/@, queda de 1,56% no comparativo diário.

E ainda, a Coreia do Sul registrou o segundo surto de peste suína africana, levando 4,7 mil animais a serem abatidos.

O Ministério da Agricultura, Alimentação e Assuntos Rurais da Coreia do Sul noticiou que os suínos contaminados pertenciam ao mesmo proprietário onde foi identificado o primeiro foco da doença, quando levou ao descarte de 4 mil animais na última segunda-feira (16).

Soja

Estados Unidos e China voltam para a mesa de negociações nesta quinta-feira (19), a nova rodada envolve escalões menores dos dois governos, mas antecipam os pontos que serão negociados no próximo mês.

A expectativa é que as conversas se concentrem em produtos agrícolas, com forte interesse norte-americano em escoar seus amplos estoques de soja.

Além disso, questões cambiais também deverão estar no centro da mesa, após a moeda chinesa ter se desvalorizado em níveis abaixo de 7 iuans por dólar.

As negociações comerciais e o clima norte-americano mantêm os preços da soja em clima de tensão, fechando o pregão da véspera com quedas ao redor de 0,50%, o contrato para jan/20 encerrou em US$ 9,03/bushel.

No mercado doméstico as variações de preços são mais comedidas, com certo equilíbrio das cotações neste momento. Os valores em Paranaguá ficam ao redor de R$ 85,40/sc, com leve valorização de 0,02% na comparação semanal.