Milho

A Bolsa de Chicago (CBOT) fechou em forte queda nesta quinta-feira (18), diante de previsão de condição climática favorável à safra norte-americana. O vencimento dezembro/19 cedeu 11,75 cents (2,66%), para US$ 4,29/bushel.

Além da previsão de uma onda de calor no cinturão produtivo favorecendo as lavouras do cereal, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou baixa de 60% nos volumes exportados na semana passada ante a semana anterior, com apenas 200 mil toneladas da safra 2018/19 comercializadas.

De acordo com o indicador Esalq/B3, a saca de 60 quilos de milho fechou em baixa de 0,91%, cotada em R$ 36,98.

O comércio do cereal no Brasil, que já seguia parado, diminuiu ainda mais após baixa do preço na CBOT e desvalorização do dólar ante ao real. Diante disso, vendedores não se preocupam em negociar agora, até mesmo porque estão ocupados colhendo e honrando contratos previamente realizados.

E o mercado continua atento ao desenrolar da batalha comercial travada entre EUA e China e no relatório de oferta e demanda que será divulgado pelo USDA no início de agosto.

Boi gordo

Contratos futuros do boi gordo avançaram com inspeções de frigoríficos hoje (19).

Mas, no mercado físico, arroba segue estável na maioria das praças pecuárias, com escalas alongadas e indústrias cautelosas na aquisição de matéria-prima.

As programações de abate, na média das praças levantadas pela Agrifatto, atendem a 7,6 dias. Em São Paulo, Goiás e Mato Grosso, as escalas estão acima de 10,4 dias.

Assim, a arroba deve caminhar lateralizada, ao menos no curto prazo, com indústrias estudando formas de pressionar o mercado. Entretanto, não tem conseguido diminuir consideravelmente as cotações, pela menor oferta de animais terminados.

Ontem (18/jul), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 152,80/@, queda de 0,07% ante o fechamento anterior.

E embora as inspeções de frigoríficos que acontecerão hoje (19) englobem apenas plantas de aves e suínos, as perspectivas de interesse da China em habilitar novas plantas chegaram ao mercado pecuário trazendo altas para os contratos futuros.

Na B3, o vencimento julho/19 fechou em R$ 155,00/@, estável no comparativo diário. Já os contratos mais longos avançaram, e o vencimento outubro/19 subiu 0,37% e encerrou o dia em R$ 163,45/@.

Soja

Ontem (18), os contratos futuros da soja registraram a quarta baixa consecutiva na Bolsa de Chicago (CBOT). O vencimento novembro/19, por exemplo, caiu 1,50 cents (0,17%), para US$ 8,99/bushel.

O USDA divulgou que 127 mil toneladas da safra 2018/19 foram exportadas até o dia 11 de julho, uma queda de 68% ante à média das últimas quatro semanas.

O mercado esperava novidades nas comunicações feitas pelas autoridades chinesas e americanas sobre a guerra comercial travada entre EUA e China, entretanto nada foi notificado.

De acordo com o indicador Esalq/B3 a saca de soja nesta quinta-feira (18) em Paranaguá registrou recuou 1,06%, para R$ 76,56.

O Dólar seguiu mesmo movimento de queda, e fechou o menor no valor desde 19 de fevereiro, à R$ 3,7290 (-0,84%).

O mercado doméstico, influenciado pela queda do dólar e baixa na CBOT, continuou sob lento movimento, posto que as indicações de compra não agradam vendedores.