Milho

Os contratos futuros passam agora por correções técnicas, com o milho em Chicago caindo em torno de 4,00 cents/bushel, enquanto o cereal na B3 recua R$ 0,50/sc.

Após as sucessivas altas em bolsa, e na ausência de informações que impulsionassem novas rodadas de altas, as indicações passam por ajustes e devolvem os ganhos recentes.

Nesta semana, o relatório de acompanhamento de plantio (divulgado pelo USDA), preservou o cenário desafiador nos EUA, mantendo 59% das lavouras em ótimas e boas condições – contra 78% nesta mesma época do ano passado.

No mercado físico brasileiro as cotações continuam sustentadas, mas espera-se que a disponibilidade do insumo fique gradualmente maior no mercado doméstico, devendo aliviar as indicações de balcão.

Em Dourados/MS, as referências continuam orbitando R$ 30,00/sc, com a ponta vendedora ainda resistente em comercializar no spot.

Em Campo Verde/MT, as propostas para exportação subiram, passando de R$ 25,50/sc da semana passada, para R$ 27,00/sc nesta semana – para retirada em julho e pagamento no mês seguinte (FOB).

Boi gordo

Arroba volta a trabalhar em patamares próximos aos atingidos antes do caso de BSE e da suspensão das exportações para a China.

Após indústrias diminuírem a demanda por animais terminados no início deste mês, devido a confirmação de um caso atípico de “vaca louca” (ou BSE) no Mato Grosso e, posteriormente, o embargo as exportações ao mercado chinês, as cotações da arroba passaram por fortes ajustes nas principais praças pecuárias.

Entretanto, com as indicações de compra muito abaixo das praticadas até o final de maio/19, os pecuaristas ficaram reticentes em entregar animais naqueles patamares e, consequentemente, as escalas das indústrias recuaram.

A retomada das exportações para a China na última quinta-feira, dia 13/junho, pressionou os frigoríficos a originarem animais com maior avidez. Nesta perspectiva, as indicações iniciaram trajetória altista, aumentando a liquidez no mercado físico.

Ontem (18/jun), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 151,05/@, alta de 0,47% no comparativo diário.

No mercado futuro da B3, os contratos seguem avançando. O vencimento junho/19 avançou 0,33% e fechou ontem negociado em R$ 152,75/@. Já o contrato para outubro/19, renovou a máxima e encerrou o dia em R$ 165,10/@ (+0,33%).

Soja

A soja passa por ajustes técnicos no pregão hoje (19/jun), caindo ao redor de 6,00 cents/bushel.

Mas apesar dos recuos, todos os contratos ainda mantêm patamares acima de US$ 9,00/bushel, sustentando níveis de preços que não eram registrados desde a metade de abril/19.

Há recuperação para o dólar nesta manhã, subindo 0,25% para R$ 3,87. Destaca-se ainda que o câmbio continua com movimentações técnicas, e praticamente mantém um mesmo intervalo de preços desde o início deste mês.

Sobre o clima norte-americano, os mapas climáticos continuam indicando fortes chuvas para os próximos 5 dias, com praticamente toda a região produtora dos EUA sendo atingida pelo período de instabilidade.

Já o mercado doméstico caminha de modo mais lento, com quedas para o dólar e para os prêmios ontem reduzindo o interesse de venda. Em Dourados/MS, as indicações ficavam ao redor de R$ 72,00/sc (FOB) – para retirada em julho e pagamento no mês seguinte.

Em Paranaguá as referências se mantêm entre R$ 83,00 e R$ 84,00/sc – mesmos patamares da última semana.