Estoques cheios?
Mercado físico sente a pressão com o “pé no freio” dos frigoríficos nas compras
Boi Gordo
O mercado físico apresenta um início de semana mais desacelerado. Algumas regiões sentiram pressão nas cotações, e os frigoríficos, com estoques um pouco mais confortáveis, resistem um pouco mais para ofertar maiores valores. Na média brasileira, a arroba teve um recuo de 0,2% e ficou cotada a R$ 225,40. Na B3, o vencimento para dez/23 ficou cotado a R$ 248,60/@, com uma alta de 0,36% em comparação diária.
A segunda semana da exportação de carne bovina in natura demonstrou forte redução, exportamos 32,52 mil toneladas, resultando em uma média diária de 6,50 mil toneladas. Houve um enfraquecimento em relação à primeira semana, indicando que o apetite dos importadores diminuiu, pressionando até mesmo as já baixa cotações para US$ 4,57 mil/t, representando uma redução de 0,38% em relação a semana passada.
Milho
As negociações do milho em Campinas/SP mantém estabilidade no patamar próximo de R$68,00/sc diante da pouca movimentação dos agentes do mercado físico. A desvalorização do dólar americano frente ao real, juntamente com a queda das cotações internacionais da commodity, refletiram em oscilações mistas para os futuros de milho nesta segunda-feira na B3, onde os agentes monitoram também as condições de clima para a América do Sul. O contrato jan/24 (CCMF24) recuou 1,15% e encerrou o pregão regular de 18/12 cotado em R$ 72,45/sc.
Os futuros de milho iniciaram a semana em território negativo na CBOT. Além do USDA reportar dados de inspeções para embarques do cereal norte-americano até a semana encerrada em 14/12 dentro das projeções de mercado, as cotações de milho pegaram carona na movimentação negativa do trigo em Chicago. O contrato mar/24 (CH24) retrocedeu 1,24% e finalizou a sessão diurna de 2ª feira cotado em US$ 4,77/bu.
Soja
A soja em Paranaguá se aproxima dos R$148,00/sc com suporte da valorização de CBOT e prêmios firmes diante da indefinição sobre a safra 23/24.
O avanço dos futuros do derivado da oleaginosa e do petróleo WTI trouxeram um suporte para as cotações dos futuros do grão de soja nesta segunda-feira em Chicago. Os participantes do mercado também monitoram a realização ou não das chuvas para o centro-oeste brasileiro ao longo dos próximos dias. O contrato jan/24 (ZSF24) valorizou 0,86% e acabou precificado em US$ 13,27/bu.