Alguém segura a soja?
Oleaginosa registra a quinta alta consecutiva em Chicago, chega aos US$ 11,76/bu, e faz mercado questionar qual o limite dessa valorização.
Milho
Dia de estabilidade no mercado de milho brasileiro. As negociações no físico paulista continuaram a acontecer na casa dos R$ 80,50/sc, com o dólar freando um pouco o seu ímpeto de queda. Na B3, o contrato com maior volume de negócios (janeiro/21) fechou o dia com leve alta de 0,14%, sendo negociado a R$ 79,98/sc. Já os indicativos da B3 para a próxima segunda safra (setembro/21) apontam para o valor de R$ 65,18/sc, 19% menor que a cotação atual do milho em São Paulo.
Com mais vendas externas reportadas pelo USDA, o milho registrou valorização pelo 4º dia consecutivo, e o contrato para dez/20 atingiu os US$ 4,26/bu. O mercado ainda aguarda a divulgação dos dados EIA sobre os estoques de etanol, que, caso venham maior que o esperado podem indicar um receio da população em sair de casa devido a 2ª onda da COVID-19 que assola a Europa e os EUA.
Boi gordo
A pressão baixista começa a ganhar ainda mais força nessa quarta-feira, com alguns frigoríficos voltando as operações e ofertando valores menores, entretanto, a movimentação ainda é baixa. Em São Paulo, as programações de abate avançaram ontem, quarta-feira, encerrando o dia em 6,0 dias úteis. No atacado o cenário é parecido, pouca procura e pequena oferta. O preço da carcaça casada bovina segue balizada em R$ 18,30/kg.
Sentindo o revés no físico, na B3 o dia também foi de ajustes negativos nos contratos futuros. O novembro/20, encerrou o dia em R$ 278,45/@, baixa de 1,94% ante a véspera, ganhando a posição de maior recuo diário. Já o dezembro/20, recuou 1,28%, fechando em R$ 274,65/@.
Soja
A continuidade da valorização da soja nos EUA pesou mais uma vez sobre as cotações da oleaginosa no Brasil. A referência para os negócios físicos no país voltou a subir, chegando aos R$ 166,00/sc nesta quarta-feira nos portos brasileiros. A estabilização do dólar nos R$ 5,34 deu firmeza para tal alta no Brasil.
Nos EUA, a forte valorização do óleo de soja (+2,56%), contribuiu para que o grão continuasse a explorar novas máximas na CBOT, fazendo com que o contrato para jan/21 atingisse os US$ 11,76/bu. O rumor de novas compras chinesas de oleaginosa norte-americana aqueceu o mercado e, junto com a alta do óleo de soja, a cotação da oleaginosa rompe recordes atrás de recordes.
Agrifatto