Ucrânia volta a jogar o campeonato da oferta?
Além do comportamento sazonal negativo na CBOT, mercados de soja e milho seguem monitorando o clima nos EUA e andamento da operação do corredor de exportação da Ucrânia que começa a receber novos navios
Milho 🌽
No mercado físico do milho, após dois dias consecutivos de alta os preços voltaram a recuar para níveis prócimos a R$82,00/sc em Campinas/SP diante da estabilidade do dólar e com mercado mais ofertado. O penúltimo pregão da semana na bolsa brasileira foi marcado por pequenas variações para os futuros de milho, seguindo a movimentação de Chicago. Com volume abaixo da média, o contrato CCMU22 (set/22) fechou o pregão regular de quinta-feira (18) em R$ 85,93/sc, alta de 0,22%.
Após oscilações negativas na parte da manhã devido a melhora do clima e pressionados pelo corredor de exportação ucraniano, os futuros do cereal em Chicago fecharam no campo positivo com sinal da demanda. O contrato set/22 (CU22) encerrou a sessão regular de ontem (18) em US$ 6,20/bu, avançando 0,77%.
Boi Gordo 🐂
Nessa quinta-feira, os movimentos baixistas que apenas ameaçavam o começo da semana, afetaram com maior intensidade o mercado físico do boi gordo. Seis praças brasileiras monitoradas apresentaram variações negativas em seus preços, inclusive a praça paulista, onde a média das negociações foi de R$ 295,00/@. Por outro lado, na B3 o contrato com vencimento para ago/22 passou por um ajuste positivo de 0,72%, sendo negociado a R$307,15/@.
As movimentações no atacado continuaram lentas, a sobra de carne com ossos, não absorvida pelo varejo na última semana, agora está pesando no estoque e fazendo com que o volume de compras por parte dos distribuidores diminua. Como consequência da atual lentidão do atacado, inúmeros produtos com ossos passaram por ajustes negativos dos preços, como a carcaça casada do boi castrado que agora está sendo negociada à R$ 18,00/kg, o menor valor de 2022.
Soja 📊
Com os futuros avançando na Bolsa de Chicago e dólar valorizando frente ao real, os preços da soja são pressionados no mercado físico brasileiro. Em Paranaguá/PR, a oleaginosa é negociada na média de R$ 186,00/sc.
Os futuros da oleaginosa também fecharam em território positivo no penúltimo pregão da semana na CBOT, após recuo na parte da manhã com o clima no radar. Os operadores seguiram atentos à maior intenção da demanda pela oleaginosa e seu derivado nos EUA, com isso, o vencimento set/22 (ZSU22) subiu 1,37%, cotado a US$ 14,96/bu.
Agrifatto