Firme, mas sem força para subir mais
Com as vendas de carne bovina derrapando no atacado, preços do boi gordo emperram nos R$ 230,00/@ em SP, ainda assim, oferta restrita impede recuos nos preços pagos aos pecuaristas.
Milho
Após dez dias seguindo o desempenho do mercado físico, o preço do milho na B3 para o vencimento setembro/20 recuou. A desvalorização anotada foi de 1,86%, fechando a terça-feira cotado a R$ 59,07/sc. A cotação do cereal no físico seguiu pressionada pela pouca disponibilidade de milho a ser negociado, e a maior variação diária foi registrada desde de 22/11/2019, com o cereal atingindo R$ 57,63/sc em São Paulo, pelo indicador Cepea.
A justificativa para alta no físico não veio nem de Chicago nem do dólar, já que os dois registraram queda nesta terça-feira. Na CBOT, a cotação do cereal com vencimento para setembro/20 caiu 1,21%, atingindo US$ 3,27/bu, respondendo as condições de lavouras nos EUA, que registrou uma piora de apenas 2 p.p. nas condições boas/excelentes. Ainda assim, o cereal norte-americano entra em estágio de enchimento agora, e, as previsões de falta de chuvas para o que resta de agosto/20 pode impactar ainda mais na produtividade do milho dos EUA.
Boi gordo
Dia relativamente parado no mercado de boi gordo, marcado pela baixa liquidez de negociações, como é característico do início da semana. Enquanto isso, a arroba permanece firme. Os preços seguem cravados em R$ 225-228/@ para o boi comum e R$230/@ para o animal que atenda aos padrões de exportação. Em São Paulo, as programações de abate fecharam a terça-feira com 6,0 dias úteis.
Na B3, houveram pequenos ajustes técnicos nos contratos com vencimentos próximos, como é o caso do setembro, R$ 226,45 (-0,02%), e o outubro, R$ 225,90 (-0,02%). O agosto, contrato vigente, encerrou o dia em R$ 228,75/@ – alinhado com o físico -, com reajuste positivo de 0,22% na comparação diária.
Soja
O rompimento oficial dos R$ 130,00/sc aconteceu para a soja brasileira em Paranaguá/PR, já que o indicador Cepea demonstrou nesta terça-feira a cotação de R$ 131,09/sc, 1,10% a mais do que na segunda-feira. A pressão sobre o grão reflete em preços para cima do farelo de soja, já que a cotação desse em Rio Verde/GO já rompeu os R$ 1.700/t, com as esmagadoras repassando as altas do grão para o farelo.
Em Chicago o dia foi de calmaria após as fortes variações positivas dos últimos, o vencimento setembro/20 recuou 0,05%, fechando o dia a US$ 9,12/bu. O relatório de acompanhamento de safra ainda veio demonstrando mais resultados positivos do que o esperado, e, mesmo com a divulgação de novas vendas externas, a soja dos EUA não conseguiu espaço para avançar ainda mais nas suas cotações.
Agrifatto