Milho
Os futuros do milho surpreenderam ontem (18), e após começar a semana com fechamentos em preços menores, o mercado que abriu o pregão em campo negativo inverteu sua tendência e mostrou forte valorização.
As altas do último pregão praticamente anularam as quedas recentes, o contrato para maio/20, por exemplo, avançou 3,78% para R$ 49,41/sc e pode buscar se consolidar em níveis acima de R$ 50,00/sc.
Vale destacar que apesar da alta recente em bolsa, os futuros ainda apontam para preços menores nos próximos meses.
Enquanto isso, o mercado físico segue sustentado pela oferta curta, há dificuldade em originar a matéria-prima, com os fretes mais elevados adicionando maior desafio a este cenário.
Boi gordo
Segundo o relatório do Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) divulgado nesta semana, o mercado tem relatado menor oferta de animais prontos para abate e dados levantados pelo Indea-MT confirmaram essa informação.
A instituição afirma que foram abatidas 413,85 mil cabeças no MT em fevereiro/20, quantidade 11,22% inferior ante janeiro/20. Ao observar as categorias, o número de machos abatidos caiu com maior intensidade quando comparado ao de fêmeas, reduziu 15,51% enquanto o de vacas recuou 6,65%.
O abate de machos foi mais atingido porque houve uma diminuição no envio de animais entre 12 e 24 meses, registrando baixa de 24,06% quando comparado ao mês anterior. Entretanto, quando comparado a fevereiro/2019, os abates são 1,26% maiores.
Soja
O destaque continua para a forte escalada do câmbio, o dólar saltou 3,94% no pregão da véspera (18/mar), encerrando em R$ 5,199 para a venda.
Além das crescentes preocupações sobre o Coronavírus, a ação do Copom em reduzir a taxa básica de juros em 0,5 p.p. para 3,75% também adiciona pressão a moeda norte-americana.
Mas não foi apenas contra o real que houve valorização, o índice que mede a força do dólar em relação a uma cesta de moedas (DXY) superou os 100 mil pontos (+1,56%), sinalizando a busca por refúgio dos investidores.
Por fim, a possível paralisação de estivadores no porto de Santos também gerou preocupações ao mercado, forçando um comunicado do diretor-geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Mendes, afirmando que a comunidade portuária trabalha para garantir o pleno funcionamento dos portos.