Milho

Os futuros de milho na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam praticamente estáveis nesta quarta-feira (17). O vencimento dezembro/19 valorizou 0,25 cents (0,06%), para US$ 4,4150/bushel.

Ontem (17), o dólar recuou 0,28% ante o real, fechando em US$ 3,7604. No radar para o câmbio, fica a expectativa pelo anúncio de medidas econômicas e preocupações no exterior em torno da Guerra Comercial entre EUA e China.

As cotações norte-americanas e a desvalorização do dólar ante ao real não vêm auxiliando na sustentação de preços no mercado interno brasileiro. O indicador Esalq/B3 registrou queda de 0,72% na saca de 60 quilos do milho, para R$ 37,32.

De acordo com a Secretaria de Agricultura de Mato Grosso do Sul, em 2019, o volume colhido até então é 29,2% superior ante o mesmo período do ano passado. E a produtividade média está 88 sc/ha.

No mercado interno, compradores, sob necessidade recorrente do cereal, buscam comprar volumes de milho spot com preços baixos, entretanto vendedores estão sem urgência em comercializá-lo, e não cedem à pressão.

Boi gordo

Mesmo com a demanda interna enfraquecida, mercado externo dá sustentação aos preços da arroba.

Em um período sazonal de menor escoamento de carne bovina pelo atacado, o bom ritmo das exportações serve de suporte às cotações da arroba, que segue lateralizada ao longo desta semana.

Na média a prazo das praças levantadas pela Agrifatto, a arroba subiu 0,06% desde o início desta semana. Em São Paulo e Mato Grosso do Sul, as indicações de compra dos frigoríficos estão em R$ 155,00 e R$ 143,45/@, variando +0,16% e -0,12% na semana, respectivamente.

As escalas, embora tenham recuado perante a primeira semana deste mês, estão acima da média de 2019, e indústrias evitam pressionar positivamente os preços do boi gordo.

Ontem (17/jul), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 152,90/@, registrando queda de 0,33% ante o fechamento anterior.

No mercado futuro da B3, o vencimento julho/19 recuou 0,35% e fechou em R$ 155,00/@. Já o contrato para outubro/19 subiu 0,65% e encerrou o dia em R$ 162,85/@.

Ainda ontem, o Ministério da Agricultura informou que a China inspecionará quatro plantas frigoríficas de suínos e aves por videoconferência na sexta-feira (19).

O país asiático mostra interesse em ampliar o número de plantas habilitadas e, embora não haja nenhuma planta de bovinos nesta primeira inspeção, pode acontecer novas inspeções no curto prazo, podendo dar fôlego aos vencimentos futuros mais longos.

Soja

Nesta quarta-feira (17), os futuros de soja seguiram o movimento de baixa iniciado no começo desta semana, acumulando queda de 3,44%. O vencimento novembro/19 caiu 5,50 cents (0,61%), para US$ 9,90/bushel na Bolsa de Chicago (CBOT).

A baixa no bushel da oleaginosa poderia ter sido mais acentuada caso houvesse expectativa de melhora no clima. Porém foi limitada pelas condições climáticas desfavoráveis na safra do Meio-Oeste americano.

Na semana passada, o USDA reduziu a estimativa de exportações norte-americanas para 51 milhões de toneladas. A expectativa de queda para o volume embarcado fica pela ausência de um acordo comercial entre China e EUA, além do surto de peste suína no país asiático (diminuindo a demanda do maior consumidor global).

De acordo com o indicador Esalq/B3, a saca de soja fechou o preço em Paranaguá em R$ 78,39, (-0,44%). Já o dólar caiu 0,28% ante o real, com fechamento em US$ 3,76.

A medida em que os preços caem na CBOT, os vendedores no mercado doméstico relutam ainda mais em comercializar o grão, sob a expectativa que os preços da oleaginosa irão reagir em breve.