Milho
Esta foi uma semana de maior volatilidade para o cereal, com predomínio de revisões positivas para suas indicações, tanto no mercado físico como nos contratos futuros.
O indicador do CEPEA subiu 4,5% na comparação semanal, com o último fechamento em R$ 42,15/sc – o maior valor desde 28 de fevereiro deste ano.
Os contratos futuros também mostraram reajustes positivos, e o destaque fica para o contrato de nov/19. Esse vencimento mais curto subiu 5,38% nos últimos 7 dias, com parcial nesta manhã (18) em R$ 43,40/sc.
O mercado pouco ofertado segue como principal pano de fundo para os reajustes positivos, com a comercialização travada no spot gerando firmeza ao mercado, enquanto que a demanda interna mais aquecida também colabora para novas altas.
Já as negociações nos portos estão mais calmas, sem variação para os prêmios na comparação diária. Atualmente, os prêmios para exportação pelo porto de Santos no final do ano estão balizados ao redor de US$ 0,45/bushel (há 30 dias estava em US$ 0,40/bu).
Boi gordo
A arroba do boi gordo se mantém impulsionada, ontem (15/out), o indicador Esalq/B3 fechou em R$ 163,15/@, alta de 1,08% no comparativo diário, com máxima registrada em R$ 169,97/@.
As indústrias que atendem o mercado interno continuam na tentativa de alongar suas programações de abate, visto que nesta época do ano o consumo doméstico tende a melhorar.
Enquanto isso na B3, o contrato futuro para novembro/19 fechou em R$ 170,45/@, avanço de R$ 1,85/@ em relação ao dia anterior.
Em relação ao mercado externo, o preço do gado vivo americano vem crescendo desde setembro, as cotações na Bolsa de Chicago (CME) já subiram 13,6% desde 10/set – US$ 1,13 a libra-peso.
O principal driver desse aumento fica para a baixa oferta de proteína animal na Ásia, devido a peste suína africana dizimando plantéis de suínos por todo continente asiático.
Segundo a Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos, as exportações de carne bovina americana para Coreia do Sul cresceram 8% em comparação com o ano passado, somando 174,2 mil toneladas enviadas até agosto/19.
Soja
O Departamento de Agricultura dos EUA deve divulgar nesta manhã seu relatório semanal com as exportações norte-americanas.
Espera-se que os volumes de soja fiquem entre 800 mil e 1,7 milhão de toneladas (segundo analistas ouvidos pela Dow Jones e reportado pelo Broadcast).
Já nos portos brasileiros as negociações se mostram mais ativas para carregamentos do próximo ano, com negociações para entregas entre fevereiro e maio/20.
As negociações para carregamento nos próximos meses já se mostraram mais frias, com menor apetite chinês para entregas em novembro e dezembro deste ano.
No mercado doméstico, altas em Chicago e reajustes para o câmbio elevaram marginalmente as indicações no físico, com valorização de 0,14% para a soja em Paranaguá, balizando-se ao redor de R$ 90,07/sc.
No Triângulo Mineiro, valorização mais expressiva, o avanço de R$ 1,43% colocou o grão em R$ 80,96/sc (CEPEA).