Boi casado não aguenta a pressão
Com o varejo debilitado, ajustes ocorreram para a carcaça do boi no atacado, que voltou a ser negociada abaixo dos R$ 16,00/kg.
Milho
A estabilidade reina no mercado de milho brasileiro, a referência no mercado físico paulista gira em torno dos R$ 59,00/sc, no entanto, compradores se mostram retraídos após grande parte terem realizados compras para se abastecer até o fim do ano. Na B3, a movimentação foi oposta entre os contratos mais curtos e mais longos, enquanto os vencimentos nov/20 e jan/21 recuaram, as cotações para mar/21, mai/21 e jul/21 se valorizaram, com o mercado buscando um alinhamento.
Já nos EUA, o preço de todos os contratos futuros na CBOT registrara alta, com o vencimento para dezembro/20 atingindo os US$ 3,75/bu. A valorização do petróleo em conjunto com compras de destinos não identificados continuam a sustentar o mercado de milho dos EUA, no entanto, cresce no mercado uma preocupação se esses fundamentos serão capazes de segurar o preço quando a colheita se intensificar nos EUA.
Boi gordo
Dia de mudança dos fundamentos no mercado atacadista de carne bovina. Após duas semanas registrando avanços, a quinta-feira (17) foi marcada pela desaceleração dos preços em decorrência do fraco desempenho das vendas no varejo. Com isso, a carcaça casada bovina fechou cotada em R$ 15,80, um ajuste negativo de R$ 0,20/kg (-1,25%).
Enquanto isso no balcão, a arroba segue firme com pontuais reajustes positivos em algumas regiões. O que se observa é que o diferencial de base praticamente foi anulado, os preços estão cada vez mais próximos, se não iguais, aos de São Paulo. Nas praças paulistas, os preços giram em torno de R$ 245 a 250,00 a depender do prêmio estimado.
Soja
Pelo décimo dia consecutivo, o USDA relatou vendas externas de soja com volumes acima de 100 mil toneladas, sendo a China compradora de 264 mil toneladas (foram adquiridas 624,5 mil toneladas). Com isso, já são 2,66 milhões de toneladas vendidas nos últimos dez dias, essa força da demanda, abriu espaço para que a cotação da oleaginosa na CBOT para novembro/20 subisse 1,71%, atingindo os US$ 10,29/bu. Vale ressaltar que há um grande posicionamento comprado de fundos sobre a soja na CBOT, elevando o risco de um possível “desmonte” de posição.
No Brasil, poucas novidades no mercado interno, a alta em Chicago dá sustentação para que a oleaginoso flerte com os R$ 140,00/sc no mercado físico. O vazio sanitário se encerrou em grandes partes dos estados produtores, no entanto, o tempo seco dificulta o início do plantio nas regiões produtoras, com isso, a janela do milho 2ª safra pode ficar prejudicada.
Agrifatto