Em vias distintas
O relatório semanal do USDA apontou vendas de milho abaixo das expectativas do mercado, o que pressionou os preços do grão. Já as vendas de soja superaram as projeções, impulsionando as cotações da oleaginosa.
Milho
O milho encerrou a última quinta-feira (17) com leve alta no mercado interno, com a saca na praça de referência de Campinas/SP avançando 0,14%, para R$ 62,93. Na B3, o mercado acompanhou as movimentações de Chicago e finalizou o dia em queda. O contrato com vencimento em set/25 (CCMU25) encerrou o pregão regular cotado a R$ 64,25 por saca, com recuo de 0,36% em relação ao dia anterior.
Em Chicago, os preços futuros do milho recuaram após a divulgação do relatório semanal do USDA, que apontou vendas de apenas 98 mil toneladas para a safra 2024/25, o menor volume registrado no atual ano comercial. O contrato de maior liquidez, com vencimento em set/25 (ZCU25), encerrou o dia com queda de 0,80%, cotado a US$ 4,02 por bushel.
Boi gordo
O movimento de pressão de baixa nos preços do boi gordo permanece nessa quinta-feira em quase todas as praças monitoradas. O destaque ficou para São Paulo, que recuou 1,40% na comparação diária, sendo precificada a R$ 295,62/@. Por outro lado, Minas gerais apresentou avanço diário de 0,06%, sendo precificada a R$/ 287,36/@. No mercado futuro, a B3 encerrou o pregão em cenário otimista. O contrato com vencimento em setembro de 2025 avançou 2,69% na comparação diária, sendo negociado a R$ 315,75/@.
Apesar das tarifas entrarem em vigor a partir de 1º de agosto, os efeitos dela chegaram primeiro. Diversas plantas frigoríficas exportadoras adotaram uma maior cautela para o preenchimento das escalas de abate, devido a diminuição do fluxo de venda, o que fez muitos saírem de compras. As plantas frigoríficas que atendem o mercado interno também recuaram na procura de animais, pois houve uma sobreoferta de animais à linha de abate. Com isso, os preços sofrem com uma pressão de baixa e, apesar dos esforços do governo e de entidades representativas do setor, a expectativa de curto prazo é de sustento dessa pressão.
Soja
No mercado interno da soja, a referência de Paranaguá/PR registrou alta na quinta-feira (17), com valorização de 0,72%, encerrando o dia com a saca negociada a R$ 137,46. O dólar, por sua vez, recuou na B3 e o contrato com maior liquidez, ago/25 (DOLQ25), fechou o pregão cotado a R$ 5,566, com queda de 0,28%.
Na Bolsa de Chicago, os contratos futuros da soja encerraram o dia em alta após a divulgação do relatório semanal do USDA, que apontou vendas da safra 2025/26 acima das expectativas do mercado. Apesar da ausência da China nas compras recentes, circulam rumores de que o gigante asiático poderá retomar as compras em breve, impulsionado por necessidades estratégicas. O contrato com vencimento em ago/25 (ZSQ25) subiu 0,79%, encerrando o dia cotado a US$ 10,21 por bushel.