Procura-se vacas?
Menor oferta de fêmeas e um abril mais chuvoso mantêm preço do boi gordo sustentado e em valorização
Boi Gordo
A conjunção de um bom volume de chuvas e relatos de maior dificuldade em encontrar fêmeas está dando suporte para que o boi gordo passe por valorização no mercado físico brasileiro. Ainda assim, as escalas de abate permanecem em um nível confortável para as indústrias em grande parte do país, se mantendo em 9 dias. O estado que apresentou a maior força nos últimos dias foi São Paulo, onde o boi gordo já emplacou alta de 1,4% no comparativo semanal e é negociado a R$ 232,60/@, o maior patamar desde o dia 28/02/24. No mercado futuro, o pregão de ontem foi de correções técnicas após as consecutivas altas observadas nos últimos pregões. O contrato com vencimento para abr/24 registrou recuo de 0,53% e fechou o dia a R$ 234,40/@. Já o contrato para mai/24 avançou 0,21% ficando em R$ 236,20/@.
Do outro lado do planeta, os dados da economia chinesa superaram a expectativa do mercado no primeiro trimestre deste ano e o país asiático cresceu 5,3% em comparação com o mesmo período do ano passado. Ainda assim, os relatos dos operadores do mercado da carne bovina não são os melhores, já que as tentativas de compra de dianteiro por parte dos chineses continuam próximos dos US$ 4.200/t, um dos menores níveis da história recente. Cabe a ressalva de que a valorização do dólar frente ao real melhorou a competividade da carne bovina brasileira, o que abre espaço para maiores vendas aos chineses e outros países.
Milho
A referência de negócios na praça paulista recua para o patamar de R$59,50 refletindo o posicionamento mais retraído dos compradores diante da disponibilidade e boas expectativas com a produção de milho 2ª safra. Os futuros de milho recuaram durante a última quarta-feira na B3 após a sequência de altas diárias, reagindo à desvalorização da taxa de câmbio e das cotações externas da commodity, além das previsões de bons volumes de chuvas para os estados de PR e MS. O contrato mai/24 (CCMK24) variou -1,32% e fechou o pregão regular de 17/04 cotado em R$ 58,10/sc.
A queda dos futuros de trigo e do petróleo WTI ao longo da última quarta-feira refletiram sobre o movimento de preços do milho em Chicago. O contrato mai/24 (CK24) recuou 0,17% e encerrou a sessão diurna de 17/04 cotado em US$ 4,30/bu.
Soja
Após 4 dias consecutivos de alta, os preços de soja registraram leves acomodações no mercado brasileiro com a queda da moeda norte-americana influenciando sobre a precificação da oleaginosa. A referência de negócios em Paranaguá/PR voltou a registrar negócios próximos a R$128,50/sc.
Após o início de semana negativo para os futuros do grão de soja em Chicago, correções técnicas de alta foram observadas ao longo da última quarta-feira, apoiadas na movimentação positiva dos derivados da oleaginosa e no recuo da moeda norte-americana frente ao real. O futuro de soja para mai/24 (ZSK24) valorizou 0,39% e terminou a sessão regular de 4ª feira (17) cotado em US$ 11,50/bu.