➡ Volatilidade no mercado de grãos após o feriado nos EUA
Previsões de altas temperaturas para a Argentina e números de inspeções para embarques nos EUA pressionam para cima as cotações de soja e milho em Chicago. No Brasil, o dólar futuro volta a negociar próximo aos R$ 5,12 na B3.
Milho 🌽
A estabilidade de oferta e demanda acomodada no mercado interno, atreladas ao dólar de certa forma tirando o ímpeto de exportação da commodity contribuiu para que o a saca do cereal fosse negociada abaixo dos R$ 86,50/sc em Campinas/SP. Com a desvalorização do dólar futuro pesando sobre os preços do milho na bolsa brasileira, os principais vencimentos encerraram a terça-feira no vermelho. O contrato para março/23 (CCMH23) recuou 0,72% e terminou o pregão regular de 3ª feira (17) a R$ 91,88/sc.
Em Chicago, os futuros de milho retornaram às negociações regulares após o feriado e terminaram o dia de ontem (17) em território positivo na CBOT, reagindo ao mercado climático na América do Sul, bem como ao cenário de maior aperto para a commodity a nível global e nos EUA. Apresentando o maior fechamento diário desde 07/nov/22, o vencimento para março/23 (CH23) acelerou 1,52% e finalizou o pregão regular cotado em US$ 6,85/bu.
Boi Gordo 🐂
Nessa terça-feira, mais quatro praças monitoradas apresentaram ajustes negativos em suas cotações no mercado físico do boi gordo, GO, MA, MS e PR. Em São Paulo, os preços se mantiveram estáveis, com o boi comum valendo R$ 260,00/@, e o “boi China”, R$ 280,00/@. Já na B3, o contrato com vencimento para jan/23 fechou o dia em R$ 287,25/@, uma valorização significativa de 3,27% em decorrência das habilitações de novas plantas frigoríficas para exportação para a Indonésia.
Quanto à reposição, o bezerro também vem apresentando desvalorizações na maioria das praças monitoradas, porém em menor intensidade do que o boi gordo, dessa forma, a relação de troca enfraqueceu em cinco das oito praças acompanhadas na última semana, com exceção de São Paulo, Goiás e Mato Grosso.
Soja 📊
Movimentos opostos entre o câmbio no Brasil e os preços em Chicago refletiram em uma soja comercializada na média de R$ 177,00/sc em Paranaguá/PR.
Novamente pegando carona no avanço dos futuros do farelo de soja com os mapas climáticos indicando elevadas temperaturas para a Argentina até o final do mês de janeiro, os futuros do grão de soja acumularam ganhos inferiores a 1% na última terça-feira em Chicago. O vencimento ZSH23 (março/23) oscilou +0,79% e encerrou a sessão diurna de 3ª feira (17) a US$ 15,40/bu, com o USDA anunciando venda de 119 mil toneladas de soja para destinos desconhecidos no dia de ontem.
Agrifatto