Milho

A comercialização segue travada com o milho, já que produtores ainda seguram a matéria-prima armazenada, com os atrasos no plantio da soja gerando ainda mais resistência em novas vendas.

Por outro lado, a ponta compradora busca por novos lotes, embora também se mostrem cautelosos em indicar preços mais elevados para que o produtor abra o silo.

No Mato Grosso, o desacordo de preços entre as partes também trava a comercialização, com indicações de venda em Sorriso/MT em R$ 30,00/sc (retirada e pagamento imediatos). Mas as propostas de compra ficavam ao redor de R$ 2,00/sc a baixo, sem reporte de novos negócios efetivados.

Os contratos futuros também passaram por fortes altas no pregão da véspera (16), subindo ao redor de R$ 0,70/sc e alcançando os maiores preços já negociados.

O vencimento para nov/19 fechou em R$ 42,50/sc (alta de 1,8%), marcando novas altas ao redor de 0,36 pontos nos primeiros minutos do pregão, a sua parcial fica em R$ 42,86/sc.

Boi gordo

Nesta semana a arroba do boi gordo permanece firme no mercado físico, com a maioria dos negócios ainda respeitando o intervalo entre R$ 161,00 e R$ 163,65/@ nas praças paulistas.

Há expectativa que os embarques de carne bovina se mantenham aquecidos nos próximos meses, trabalhando como importante suporte às cotações.

As escalas de abate avançaram sutilmente no decorrer desta semana. Entretanto, São Paulo e Goiás ainda são os estados que mostram maior conforto em suas programações, com em média entre 7 e 8 dias úteis, respectivamente.

Cenário que vem se mantendo nos últimos meses, os estados da região Norte têm a maior dificuldade de compor suas escalas de abate, demonstrando baixa disponibilidade de animais prontos. Na região, as indústrias trabalham com média de 3 a 4 dias úteis.

Ontem (15/out), o indicador Esalq/B3 fechou em R$ 161,40/@, queda de 0,15% no comparativo diário.

Na B3, o contrato futuro para novembro/19 fechou em R$ 168,60/@, avanço de R$ 0,25 em relação ao dia anterior. Já o dezembro/19 foi cotado em R$ 172,20/@, queda de 0,30 p.p. na comparação diária.

Soja

Em Chicago, o mercado segue analisando os acordos entre EUA e China, além de seguir acompanhando as previsões climáticas.

Em relação a retórica comercial sino-americana, após avanços até a chamada “fase 1”, agora as negociações parecem com novos entraves, ajustando as expectativas em relação a um acordo no curto prazo.

Neste sentido, se possíveis avanços nas negociações forem frustrados, os preços futuros na CBOT devem passar por revisões negativas.

Outro fator que pode exercer pressão negativa fica para o clima norte-americano, com perspectivas de condições favoráveis ao avanço da colheita. Espera-se que as ocorrências com neves sejam menores nos próximos dias, além de menor volume de chuvas.

Já os trabalhos a campo aqui no Brasil devem seguir em ritmo ainda lento, com os mapas climáticos apontando para um período mais seco nos próximos dias.