Milho

O Ministério da Economia divulgou ontem (16) seu novo relatório de exportações semanais, com continuidade de altos volumes sendo embarcados.

Nos 10 primeiros dias úteis do mês, o país enviou 3,34 milhões de toneladas ao mercado externo, com ritmo diário de 332 mil toneladas. O desempenho parcial está 4,3% menor ante o mês anterior, mas 88% maior em relação ao mesmo período do ano passado (quando o país embarcou 3,36 milhões de tons).

Se o ritmo diário for preservado, o Brasil pode exportar 6,65 milhões de toneladas até o final deste mês.

Além disso, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulgou seu novo boletim semanal de acompanhamento das lavouras, praticamente mantendo as condições das áreas com milho.

As áreas em condições ruins/péssimas representam 14% da temporada, as áreas regulares também foram mantidas em 31 p.p., e 55% das lavouras estão em boas e excelentes condições.

Por fim, a baixa liquidez no mercado físico ainda reflete em preços estáveis. As indicações em Lucas do Rio Verde/MT, por exemplo, giram ao redor de R$ 24,50/sc nos últimos dias.

Boi gordo

Sem grandes alterações dos fundamentos, o mercado pecuário deve continuar sustentado no curto prazo.

De modo geral, as programações iniciaram a semana mais encurtadas, com a maioria das escalas atendendo os próximos 5 dias úteis.

Aliás, a média das escalas em São Paulo começou a semana no menor patamar desde o final de junho/19, e a busca por matéria-prima em outros estados pode pressionar positivamente as indicações em estados vizinhos.

Ontem (16/set), o indicador Esalq/B3 fechou em R$ 158,20/@, avanço de 0,57% no comparativo diário.

Na B3, o contrato para outubro/19 fechou em R$ 161,50/@ – alta de 0,05 pontos ante o fechamento anterior. O contrato para novembro/19 fechou a R$ 164,45/@, aumento de R$ 0,15 ante o fechamento anterior.

Hoje (17), a Coreia do Sul confirmou o primeiro caso de peste suína africana em Paju, e já deu início ao abate de 4 mil suínos da região. O caso foi confirmado em uma fazenda próxima da fronteira com a Coreia do Norte.

Focos da doença já haviam sido identificados no país vizinho em maio deste ano, desde então a Coreia do Sul vinha fazendo forte monitoramento da área fronteiriça.

Soja

Ontem (16), o Ministério da Economia divulgou seu novo relatório de exportações semanais, com os embarques de soja seguindo em proporções cada vez menores.

Nos 10 primeiros dias úteis do mês, o país enviou 2,09 milhões de toneladas de soja, com desempenho diário de 209,2 mil toneladas. O ritmo se mostra 13,5% menor em relação ao mês anterior, além de recuo de 12,8% frete o mesmo período do ano passado.

Se o ritmo diário for preservado, o Brasil pode exportar 4,18 milhões de toneladas até o final deste mês.

Em seu boletim de acompanhamento das lavouras, o USDA registrou ligeira queda para as condições das áreas com soja.

A proporção em condições ruins/péssimas, subiram de 12 para 14%, as lavouras em condições regulares caíram 1 p.p. para 32%, e as áreas em boas/excelentes condições, caíram de 55 para 54%.

No mercado doméstico, a ausência de movimentação nos portos brasileiros, retiram pressão altista para as cotações da oleaginosa, as indicações em Paranaguá ficam ao redor de R$ 85,00/sc (FOB).