Última semana do ano?
Apesar da valorização do dólar em relação ao real, os preços de soja e milho iniciam a semana com baixa liquidez pela posição retraída e ausência dos agentes de comercialização.
Milho 

No mercado interno, o milho abre a semana estável em Campinas/SP, cotado em R$ 72,89 a saca. Variações mistas marcaram os futuros de milho na última segunda-feira na B3. Apesar da valorização das cotações da commodity em Chicago e da alta do dólar frente ao real, a comercialização doméstica do cereal no Brasil contribuiu para o movimento negativo em alguns vencimentos. O contrato janeiro/25 (CCMF25) recuou 0,66%, encerrando o pregão regular de 16/12 cotado a R$ 74,00/sc.

Na Bolsa de Chicago, os futuros de milho apresentaram alta nesta segunda-feira, sustentados pela forte demanda externa pelo cereal norte-americano. No mesmo dia, o USDA informou que as inspeções para embarques de milho dos EUA na temporada 2024/25 totalizaram 1,130 milhão de toneladas até 12/12, número próximo ao limite superior das estimativas de mercado. O contrato março/25 (CH25) avançou 0,68% e fechou a sessão diurna de 16/12 a US$ 4,45/bu.
Boi Gordo 
A semana se iniciou com o mercado físico do boi gordo finalmente dando sinais de melhora, sendo o Paraná o estado com maior avanço (+0,82%) no preço do boi gordo, indicando um valor de R$ 307,50/@. Em contrapartida, Goiás obteve o maior recuo (-0,66%) e fechou o dia cotado a R$ 298,60/@. Na B3, o otimismo perdurou em todas os contratos negociados, sendo mar/25 o vencimento com maior destaque positivo, com uma valorização de 1,35%, cotado a R$ 316,10/@.
No cenário das exportações de carne bovina in natura, a segunda semana de dez/24 consolidou um total de 46,30 mil toneladas e uma média diária de 9,26 mil toneladas, o período apresentou um crescimento de 7,55% em relação à semana anterior. Ainda assim, a projeção mensal estimada em 195 mil toneladas da proteína bovina exporta aponta um volume 6,45% inferior ao mesmo período de 2023.
Soja 
O mercado físico da soja registrou desvalorização na última segunda-feira, acompanhando o mercado internacional e a boa safra em desenvolvimento na América do Sul. A referência de Paranaguá/PR encerrou em R$ 139,80, uma baixa de 1,29%.
Os futuros da soja em grão iniciaram a semana em queda na CBOT, pressionados pela desvalorização do óleo de soja e do petróleo WTI, além do fortalecimento do dólar frente ao real, fator que tende a incentivar as vendas da oleaginosa no Brasil. O contrato março/25 (ZSH25) caiu 0,90%, finalizando a sessão regular de 16/12 a US$ 9,86/bu.