Demanda enfraquecida pressiona mercado de carne
Distribuidores, já abastecidos, mantêm cautela e não renovam compras, refletindo consumo doméstico fraco.
Boi gordo
Nesta terça-feira, o mercado físico do boi gordo registrou movimento de baixa na maioria das praças pecuárias monitoradas. Em São Paulo, houve recuo de 1,19% em relação ao dia anterior, com a arroba cotada em média a R$ 308,71. No mercado futuro, a B3 também fechou em baixa: o contrato com vencimento em outubro de 2025 caiu 1,35% no comparativo diário, negociado a R$ 306,10/@.
O mercado encerrou o dia com carne com osso disponível para entrega ao longo de toda a semana, mas os distribuidores, já abastecidos ao menos até quinta-feira, evitam novas aquisições e demonstram cautela diante do consumo doméstico desaquecido. Esse cenário mantém a liquidez baixa, refletindo também o acúmulo de estoques e o adiamento de operações no atacado, sem indícios de recuperação no curto prazo.
Milho
No mercado interno, o milho encerrou a última terça-feira (16), com a saca na praça de referência de Campinas/SP valorizando 0,17%, para R$ 65,19. Na B3, o mercado segue com uma postura mais cautelosa, com o dólar recuando ante o real e as negociações seguem travadas. Apesar disto, o contrato com vencimento em novembro/25 (CCMX25) encerrou o pregão regular com alta de 0,21% em relação ao fechamento anterior, cotado a R$ 67,50 por saca.
Em Chicago, os preços futuros do cereal foram impulsionados pela queda do índice do dólar, aliado à piora nas condições das lavouras de milho, que se encontram em fase final, e também pelo bom desempenho do trigo no pregão. Com isso, o contrato para dezembro/25 (ZCZ25) encerrou o dia com alta de 1,48%, cotado a US$ 4,29 por bushel.
Soja
No mercado interno, a soja na referência de Paranaguá/PR registrou queda de 0,35% na terça-feira (16), encerrando o dia com a saca negociada a R$ 140,18. O contrato outubro/25 (DOLV25) do dólar teve queda 0,45% na B3 e fechou o pregão cotado a R$ 5,313.
Na Bolsa de Chicago, os futuros da soja tiveram suporte, em parte, pelo movimento do óleo de soja, que registrou alta de 1,80%. O derivado, por sua vez foi impulsionado tanto pelo baixo nível dos estoques norte-americanos quanto pela valorização do petróleo. O contrato com vencimento em novembro/25 (ZSX25) encerrou o dia com expansão de 0,67%, cotado a US$ 10,49 por bushel.