O boi mais barato do mercado
Valorização do dólar em relação ao real e oferta elevada de animais permite recuo da arroba em dólar para o menor nível desde ago/20
Boi gordo
O começo da semana está sendo marcado pelas quedas acentuadas nos negócios do boi, com as principais praças produtoras sofrendo pressão baixista. Em São Paulo, o animal pronto para o abate encerrou a quarta-feira cotado a R$ 215,70/@, com recuo diário de 2,1% e acumulando queda de 4,70% em ante quarta passada. Na B3, os contratos futuros encerram o dia com mais um reajuste negativo e ênfase a ago/23, que ficou precificado em R$ 213,20/@, com desvalorização diária de 1,50%.
Devido a oferta elevada de boi gordo terminado no mercado brasileiro e desvalorização do dólar frente ao real, o animal pronto para o abate cotado em dólar atingiu as mínimas desde ago/20, em São Paulo, a cotação no Cepea atingiu US$ 43,55/@, com queda diária de 1,83% e semanal de 10,85%. A diferença entre o preço do boi gordo brasileiro e a média ponderada do boi gordo no mundo está em níveis que não eram observados a anos, esse spread encontra-se em -29,0% o menor patamar desde jun/19 e ainda existe possibilidades de alargamento da diferença, pois a pressão no mercado brasileiro continua.
Milho
No mercado físico do milho, os negócios seguem em fluxo baixo e os preços andam de lado. Em Campinas/SP o cereal é comercializado pouco acima dos R$ 53,00/sc. Na B3, os futuros de milho acompanharam a alta das cotações do cereal em Chicago, sustentados também pelos recentes avanços da taxa de câmbio, e encerraram o dia no campo positivo. O contrato set/23 (CCMU23) valorizou 0,87% e fechou o pregão regular de quarta-feira (16) cotado em R$ 53,13/sc.
Após a Rússia realizar novos ataques à infraestrutura portuária da Ucrânia, além da indicação de um clima quente para a segunda quinzena de agosto atingindo o cinturão agrícola dos EUA, os futuros de milho registraram altas superiores a 1% nesta quarta-feira em Chicago. O vencimento set/23 (CU23) encerrou a sessão diurna de 16/08 a US$ 4,70/bu, alta diária de 1,19%.
Soja
Os preços da soja seguem firmes no mercado físico brasileiro, estimulados pela valorização dos futuros na CBOT. Em Paranaguá/PR, a oleaginosa é negociada na média de R$ 148,00/sc.
A movimentação de alta dos derivados da oleaginosa e a indicação de temperaturas acima da média e chuvas abaixo do normal para as próximas semanas em importantes regiões dos EUA refletiram em valorizações para os futuros do grão de soja no dia de ontem em Chicago. O vencimento set/23 (ZSU23) variou +0,87% e terminou a sessão regular de 4ª feira (16) cotado em US$ 13,35/bu.