Desafio no mercado doméstico
O baixo escoamento de carne nesta semana fez os estoques aumentarem e preocupa o mercado físico do boi gordo.
Boi gordo 
O mercado físico manteve-se estável nesta terça-feira, mas com a demanda dando sinais negativo para a continuação do movimento de alta dos dias anteriores. O preço do boi gordo em São Paulo fechou o dia com uma queda de 0,66% ficando cotado a R$227,95/@. Na B3, todos os contratos apresentaram queda, com destaque para o contrato com vencimento em ago/24, que registrou um declínio de 1,27% ficando precificado a R$ 233,60/@.
No mercado atacadista, a disponibilidade de carne com ossos e desossada tem aumentado, mostrando que as vendas nesta segunda quinzena do mês estão abaixo das expectativas. Como resultado, os estoques estão ficando cheios e sem a previsão de esvaziamento. Fora isso, têm ocorrido devoluções de mercadorias devido a problemas de qualidade e carcaças de baixo padrão. Uma estratégia adotada pelos frigoríficos tem sido embarcar mercadorias sem destino e venda combinados, a fim de escoar os produtos das câmaras frias. A carcaça casada do boi casada segue nos R$ 15,50/kg, mas há pressão por novos recuos.
Milho 
Com a baliza da exportação, os preços do cereal registram estabilidade na referência de R$56,50/sc em Campinas/SP. Influenciados pela valorização das cotações da commodity em Chicago, os futuros de milho registraram valorizações superiores a 1% nesta terça-feira na B3. O contrato para setembro/24 (CCMU24) valorizou 1,39% e fechou o pregão regular de 16/07 cotado a R$ 58,55/sc.
Altas superiores a 1% foram observadas para os futuros do milho durante a última terça-feira na CBOT, refletindo a manutenção das condições boas e excelentes das lavouras de milho reportadas pelo USDA ao final da tarde de segunda-feira, alcançando 68% até 14/07, e também ajustes técnicos após as recentes desvalorizações. O contrato futuro para setembro/24 (CU24) avançou 1,34% e encerrou a sessão diurna de 16/07 cotado a US$ 3,96/bu.
Soja 
Apesar da recuperação na CBOT com dólar estável, os preços da oleaginosa não registraram movimentações significativas no mercado brasileiro, com a referência Paranaguá/PR nos R$132,50/sc.
Após uma sequência de quedas diárias, pequenas oscilações no campo positivo marcaram os futuros do grão de soja nesta terça-feira em Chicago, ponderando o movimento de alta dos derivados da oleaginosa na CBOT, bem como correções técnicas de alta após os recentes recuos. O contrato para novembro/24 (ZSX24) oscilou +0,31% e finalizou a sessão regular de 16/07 cotado a US$ 10,43/bu.