Com dólar e prêmio em alta, soja volta a experimentar fortes valorizações
Com a moeda norte-americana batendo os R$ 5,20 no Brasil e o prêmio sem dar sinais de recuo, a soja voltou a ser negociada a R$ 110,00/sc nos portos brasileiros.
Milho 
Com a colheita caminhando a passos lentos no Brasil, o dólar vai segurando as desvalorizações típicas da safra, desta forma, as negociações de cereal no mercado físico em Campinas/SP continuam a ocorrer por volta dos R$ 47,00/sc. Na B3, o contrato para setembro/20 registrou alta pelo 5º dia consecutivo, amparado pela forte valorização da moeda norte-americana no período.
Em Chicago, o mercado segue desanimado pelas incertezas, o vencimento para setembro/20 encerrou a terça-feira cotado a US$ 3,34/bu, alta de 0,15% no dia. A preocupação com a redução na condição do milho norte-americano ressoou pelo mercado, no entanto, mesmo com uma leve quebra de safra, a conta ainda seria para aumento nos estoques globais, as próximas duas semanas serão determinantes para a definição da safra dos EUA, o mercado climático ainda está ativo por lá.
Boi gordo 
A segunda quinzena do mês se iniciou com uma desaceleração das vendas no atacado paulista de carne bovina. O cenário começou a mudar, porém, a oferta reduzida manteve os preços estáveis. As indicações da carcaça casada bovina continuam nos mesmo patamares observados na semana anterior, entre R$ 13,80 a 13,90/kg. Após os reajustes de preços das carnes sem osso no mercado varejista, o fluxo de saída da proteína bovina também foi afetado.
No mercado de boi gordo, a queda de braço entre os players mantém as cotações da arroba entre R$ 205-210/@ nas praças em São Paulo. Vale ressaltar que as exportações e a oferta reduzidas de animais prontos para abate continuam como fator sustentação para os valores.
Soja 
Com o dólar voltando aos R$ 5,20, valorizando 1,36% somente ontem, a soja brasileira já volta ao patamar dos R$ 110,00/sc em alguns portos brasileiros. A alta da moeda norte-americana é acompanhada pelo prêmio, que no porto de Paranaguá já chega à US$ 1,48/bu, no vencimento de julho/20. Desta forma, a oleaginosa no país segue forte e sustentada.
A declaração do presidente do FED, Jerome Powell, sobre as incertezas na recuperação econômica dos EUA trouxe insegurança aos mercados de soja nesta terça-feira, com isso, um mercado que já está sem muita movimentação especulativa ficou mais frio ainda, o vencimento para março/20 bateu a casa dos US$ 8,72/bu, com uma queda de 0,34% no comparativo diário.
Agrifatto