De olho no clima
No Brasil, as chuvas registradas nos últimos dias e as previsões mais otimistas pressionaram os preços. Nos EUA, a recuperação no petróleo e o enfraquecimento do dólar fortaleceram o mercado.

Milho 

No mercado interno, o milho foi cotado a R$ 83,78 a saca em Campinas/SP, com queda diária de 1,10% e desvalorização acumulada de 4,48% no mês para a região. Na B3, as cotações futuras de milho encerraram o pregão desta quarta-feira em baixa. Apesar do movimento positivo em Chicago, o avanço da colheita de verão e uma expectativa mais positiva para a segunda safra, em meio a previsões de chuva mais favoráveis nas próximas semanas pesaram sobre as cotações. O contrato maio/25 (CCMK25) cedeu 1,62%, fechando o pregão regular a R$ 76,97/sc.

Fechamento positivo para as cotações futuras de milho em Chicago nesta quarta-feira. A forte recuperação nas cotações do trigo, com incertezas em relação ao clima no hemisfério norte e o enfraquecimento do dólar direcionaram as cotações do grão. O contrato de milho com vencimento em maio/25 (ZCK25), encerrou o pregão cotado a U$ 4,84/bu, elevação de 0,62% frente ao pregão anterior.

Boi Gordo 

O mercado físico do boi gordo apresentou resultado variados. Minas Gerais se destacou entre as regiões monitoradas com incremento de 0,66%, no comparativo diário, fechando a arroba em R$ 316,80. Por outro lado, Paraná registrou a maior queda, de 0,16%, com o boi gordo cotado a R$ 320,00/@. Na B3, o pessimismo se instalou em todos os contratos, com jun/25 tendo o maior recuo do dia, de 1,27% e encerrando o dia a R$ 322,45/@.

Com os pecuaristas segurando a oferta, o abate de bovinos em Mato Grosso caiu pelo segundo mês seguido, somando 547,07 mil cabeças em março/25, queda de 1,90% frente a fevereiro/25. O abate de machos subiu 0,44%, enquanto o de fêmeas recuou 3,75%, ainda assim com o segundo maior volume histórico para março. A participação das fêmeas caiu para 54,84%. Mesmo com menor oferta, os preços recuaram: o boi gordo fechou março a R$ 304,07/@ (-2,85%) e a vaca gorda a R$ 272,73/@ (-3,63%). A parcial de abril, no entanto, já indica reação nas cotações com a menor disponibilidade de animais prontos para abate.

Soja

No mercado interno, o último dia 16/04 foi de avanço nas cotações da soja, que atingiram R$ 136,70 por saca na região de Paranaguá/PR, após registrar uma valorização de 1,03%. Esse movimento de alta foi impulsionado, principalmente, pelo fortalecimento da demanda externa pela oleaginosa,

Nesta quarta-feira, as cotações futuras de soja fecharam em alta. O enfraquecimento do dólar, a recuperação nas cotações do Brente e do óleo de soja, assim como as cotações do farelo de soja tracionaram o movimento. As operações de plantio da oleaginosa já estão acontecendo, com isso, o clima segue no radar. O contrato com vencimento em maio/25 (ZSK25), subiu 0,27%, encerrando o pregão regular a U$ 10,39/bu.