Subindo um pouco mais
Mercado físico e futuro terminaram em sintonia e apresentaram ajustes positivos nas cotações
Boi Gordo
As negociações entre frigoríficos e pecuaristas mantiveram um ritmo moderado, com cautela nas compras, e parece que a pressão baixista deu uma trégua em grande parte do país. Caso esse cenário persista, podemos começar a observar o encurtamento das escalas de abate em um ou dois dias, o que seria desconfortável para a indústria. Em Mato Grosso, o preço do boi gordo teve uma valorização de 0,9% em comparação ao dia anterior, ficando cotado a R$212,50/@. Na B3, todos os contratos tiveram ajustes positivos, com o vencimento para abr/24 cotado a R$232,25/@, um incremento de 0,28% em relação ao dia anterior.
As vendas nos setores varejistas têm apresentado uma evolução gradual desde o início da semana, sendo consideradas razoáveis. Esse cenário sugere que o mercado está se recuperando lentamente e pode continuar assim nos próximos dias. A demanda por dianteiro continua firme, e houve um incremento na cotação de R$0,50/kg, sendo precificado a R$14,50/kg.
Milho
A pressão de oferta permanece na praça paulista levando a referência de negócios abaixo dos R$60,00/sc. Apesar da continuidade de alta da moeda norte-americana frente ao real, o recuo das cotações externas da commodity e as indicações de bons volumes de chuvas para o centro-oeste do Brasil no curto prazo resultaram em quedas para os futuros de milho na B3. O contrato mai/24 (CCMK24) desvalorizou 1,07% e fechou o pregão regular de quinta-feira cotado em R$ 57,08/sc.
Desvalorizações superiores a 1% chegaram a ser registradas para os primeiros vencimentos de milho durante a última quinta-feira em Chicago. Além do USDA reportar vendas do cereal norte-americano abaixo do consenso de mercado até a semana encerrada em 04/04, o órgão reduziu os estoques finais do cereal nos EUA em 23/24 abaixo da média esperada no relatório mensal de 11/04. O futuro de milho para mai/24 (CK24) retrocedeu 1,27% e terminou a sessão diurna de 5ª feira cotado em US$ 4,29/bu.
Soja
Apesar da forte na CBOT, a firmeza do dólar junto aos prêmios de exportação trouxeram valorização para a saca de soja, elevando a referência de negócios em Paranaguá/PR para R$125,50/sc.
Os futuros do grão de soja ampliaram a sequência de quedas diárias ao longo da última quinta-feira na CBOT, após o USDA ajustar no campo negativo a demanda interna e o programa de exportação norte-americano de soja em 23/24 no relatório WASDE de 11/04, refletindo em um aumento dos estoques finais da oleaginosa. O contrato mai/24 (ZSK24) recuou 0,47% e encerrou a sessão regular de 11/04 cotado em US$ 11,59/bu.