Milho
Se o atual ritmo das exportações continuarem, podemos embarcar ao redor de 43 milhões de toneladas, diminuindo os estoques de passagem para 9,74 milhões de toneladas e com uma relação de estoques sobre o consumo em 9%.
No ano passado, essa relação de estoques sobre o consumo ficou em 17%, e a proporção em 9% é o equivalente ao registrado em 2015/16, quando tivemos uma quebra na safrinha.
Ou seja, o cenário aponta para preços fortalecidos no mercado físico, e que já estão sendo precificado em bolsa. Aliás, os futuros continuam com novas valorizações hoje, e o contrato para março/20, por exemplo, renova suas as máximas e tem parcial neste momento em R$ 43,04/sc.
Além disso, o dólar também colabora para pressão positiva, com a alta de ontem (15) colocando o câmbio em R$ 4,17 – o maior valor desde o início de setembro deste ano.
E assim, as cotações em Paranaguá voltaram aos patamares em R$ 40,00/sc, com negociações para entrega em novembro e pagamento no mês seguinte.
Boi gordo
No início desta semana a Secex divulgou os dados de exportações de carne bovina in natura referentes aos nove primeiros dias úteis de outubro/19, que contabilizaram um volume total de 73,86 mil toneladas e uma receita de US$ 324,03 milhões.
A média diária registrada ficou em 8,20 mil toneladas, alta de 39,30% em relação à média do mês anterior, e avanço de 32,82% frente ao desempenho do mesmo período de 2018.
Se o ritmo diário se repetir, pode ser exportado um volume próximo a 180 mil toneladas de carne bovina in natura neste mês. Se confirmado, o volume representará alta de 45,49% frente a quantidade embarcada em setembro/19, e avanço de 32,41% na comparação com o mesmo mês em 2018.
Aliás, a Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, assinou ontem (15/out) a Instrução Normativa 44 que autoriza a suspensão da vacinação contra febre aftosa no Paraná.
Com isso, o cenário é favorável para o aumento em 2% das exportações para mercados que costumam pagar mais por produtos com essa classificação, tais como Japão, Coreia do Sul, México e China.
Ontem (15/out), o indicador Esalq/B3 fechou a R$ 161,65/@, queda de 1,22% no comparativo diário.
Soja
O plantio da soja segue atrasada aqui no Brasil, com expectativas de que um novo período seco predomine nos próximos dias.
Houve reporte de que o plantio no Mato Grosso do Sul está ao redor de 13% da área prevista, ante 30% da média histórica para o atual período do ano.
O atraso do plantio no estado mantêm produtores cauteloso com as vendas futuras, e o menor fluxo de negociações da safra 2019/20 também subiu as indicações por lá, superando o patamar de R$ 75,00/sc mostrados na última semana.
Além disso, a valorização cambial e avanços para os preços em Chicago também colaboram para as indicações internas mais fortalecidas.
Por fim, com as previsões de próximos dias mais secos, o mercado climático ainda deve se manter no curto prazo, gerando volatilidade as cotações.