Milho

A semana inicia-se com novas valorizações para o milho na B3, com o contrato para nov/19 avançando de modo mais expressivo, alta de 0,25 pontos e parcial em R$ 39,65/sc nos primeiros minutos do pregão.

As recuperações dos preços em bolsa ainda refletem o último relatório de oferta e demanda do USDA, divulgado na quinta-feira (12), quando o órgão americano reduziu a estimativa de produção de 353,10 para 350 milhões de toneladas.

Além disso, as valorizações do indicador do CEPEA nesta primeira metade do mês também dão vazão ao movimento, já que desde o início de setembro o indicador do cereal no balcão paulista avançou 0,94%.

O último indicador do Centro de Estudos fechou em R$ 37,58/sc, trata-se do maior valor em 2 meses.

Por fim, os ataques com drones em uma central petrolífera na Arábia Saudita podem impulsionar o preço do barril de petróleo, aumentando a competividade do etanol a partir do milho, ampliando a demanda pelo cereal.
Boi gordo

Na semana passada, a carcaça casada bovina continuou com novas valorizações, um movimento que se registra desde o final de julho, marcando a 6ª semana consecutiva de altas.

O boi casado avançou 0,95% na última semana, fechando com média no atacado paulista em R$ 10,60/kg, maior valor desde 23 de abril deste ano (R$ 10,68/kg). Ou seja, a alta da última semana colocou o boi casado no maior patamar em quase 5 meses.

Sexta-feira (13/set), o indicador Esalq/B3 fechou em R$ 157,30/@, queda de 0,98% no comparativo diário.

Na B3, o contrato para outubro/19 fechou em R$ 161,45/@ na sexta-feira (13) – queda de 0,05 pontos ante o fechamento anterior. O contrato para novembro/19 fechou em R$ 164,30/@, queda de R$ 0,15 no mesmo período.

A FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) noticiou que 5,9 milhões de suínos já foram eliminados em países asiáticos pela contaminação com o vírus da peste suína africana. Aliás, foram detectados mais 8 focos da doença, sendo 7 na Filipinas e um na China.

No parâmetro geral, o gigante asiático tem a situação mais crítica, totalizando 157 focos em 32 províncias, e 1,17 milhões de animais sacrificados.

Soja

Uma nova reunião entre EUA e China deve acontecer nesta semana, em Washington, antes de uma nova rodada de negociações no início de outubro, em Pequim.

Outro ponto importante que entra no radar, é a retirada da soja americana de tarifas adicionais pela China.

Neste sentido, se a China voltar a comprar o grão norte-americano, os prêmios nos portos brasileiros devem se ajustar para baixo, com possível alívio dos preços por aqui.

Além disso, nos próximos dias 17 e 18 de setembro, o Copom se reúne para decidir as diretrizes da política monetária, com expectativas de nova redução da taxa Selic (passando de 6,0% para 5,5%).

Se confirmado, o câmbio pode reagir com possível fortalecimento do real ante a moeda norte-americana – outro ponto baixista para a cotação da oleaginosa.

Portanto, a disputa comercial e o câmbio podem desempenhar papéis importantes para a precificação das commodities nesta semana.