Milho
O relatório do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) desta semana aumentou a volatilidade das cotações, mas também retirou parte da pressão altista que permeava o mercado, especialmente pelo temor de grande quebra da safra norte-americana.
Ao longo da semana, as indicações futuras em Chicago caíram ao redor de 10%, e mostram uma tímida recuperação no início do pregão desta sexta-feira (16), subindo 25 cents/bushel.
As indicações também exibem leves reajustes positivos na B3, com o mercado ainda digerindo os números do USDA. O contrato para set/19 avança R$ 0,07/sc e conta com parcial em R$ 36,42/sc.
As quedas nas bolsas também diminuíram rapidamente as referências nos portos, que não foram ainda mais expressivas pelo dólar fortalecido.
Segundo o levantamento do CEPEA, o balcão em Paranaguá baliza-se em R$ 35,60/sc – queda de 7% na comparação semanal.
No interior do país as variações são regionalizadas, mas há sinalizações de preços menores. A liquidez no mercado físico e as variações do câmbio devem ganhar destaque na movimentação dos preços.
Boi gordo
Ontem (15/ago), o preço da arroba na maioria das praças analisadas pela Agrifatto seguiu lateralizada.
Os frigoríficos têm tido cautela nas negociações para evitar o acumulo de estoques, aguardando como será o escoamento de carne bovina nos próximos dias. Diante desse cenário, as escalas estão mais curtas e os preços estáveis.
São Paulo, Mato Grosso e Goiás são os estados com as programações de abate mais longas, com média em 7 dias úteis.
Ontem (25/jul), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 153,20/@, alta de 0,49% no comparativo diário.
Ainda na B3, o contrato futuro para setembro/19 manteve-se estável na comparação diária, mas caiu 1,10% em relação a semana anterior. Já o contrato para outubro/19 foi o mais negociado do dia, fechando em R$ 159,00/@ – recuo de R$ 0,25 ante o fechamento anterior.
Soja
As negociações nos portos se aqueceram nos últimos dias, com registro de avanço das negociações para embarque a China.
A queda de 2% em Chicago ao longo desta semana, permitiu novas valorizações para os prêmios. Além disso, o rápido avanço para o dólar também gerou novas rodadas de negociações.
No mercado da oleaginosa, a disputa comercial entre EUA e China continua limitando as valorizações em Chicago.
Mesmo com as estimativas de produção sendo revistas para baixo (último relatório aponta para 100 milhões de toneladas), os amplos estoques norte-americanos continuarão impondo um teto aos movimentos altistas.
No mercado doméstico, a demanda tem reajustado para cima as indicações. O consumo da China voltada para o Brasil valoriza os prêmios nos portos, e combinado com o câmbio, as indicações encontram espaço para altas.
Além disso, a necessidade de recomposição dos estoques de fábricas no Mato Grosso também pressiona os preços neste estado, com registro de negócios entre R$ 73,00 e R$ 74,00/sc para retirada e pagamento no próximo mês.