Milho
Após os contratos futuros de milho acumularem ganhos de 5% nos últimos três dias em Chicago, o início desta semana foi em campo negativo. O vencimento para dezembro/19 do cereal perdeu 12,25 cents (2,67%), caindo para US$ 4,47 por bushel.
No final da tarde de ontem, o USDA divulgou que 58% da safra de milho apresentava condições boas ou excelentes até o último domingo (14), número inferior ante aos 72% do ano passado.
No Brasil, a saca de milho à vista fechou em R$ 37,20 (-0,03%) de acordo com o indicador Esalq/B3.
Após comercialização mais aquecida ao final da última semana, apoiada pela alta nas cotações da CBOT, o milho spot voltou a esfriar no mercado interno. Em Paranaguá o milho safrinha de 2020 segue também parado, exportadores aceitam pagar R$ 40/saca CIF para embarque em julho e pagamento em agosto do ano que vem.
Ontem o Ministério da Agricultura do Diário Oficial da União (DOU) divulgou os preços mínimos para o milho da safra 2019/20. A saca de 60kg no Centro-Oeste (exceto Mato Grosso), no Sudeste e no Sul do país, terão o valor mínimo de R$ 24,51 (avanço 13,37% ante a safra anterior), entre janeiro e dezembro de 2020.
Boi gordo
Com as indústrias ainda estudando o mercado, a semana iniciou com preços da arroba lateralizados.
Tipicamente, o início de cada semana é marcado por negociações mais lentas, contabilizando os resultados do final de semana e elaborando estratégias para o período vigente.
Assim, os preços iniciaram a segunda-feira (15) praticamente estáveis em relação à última sexta-feira (12). Das praças levantadas pela Agrifatto, a única que apresentou variação foi Mato Grosso, onde as indicações a prazo avançaram 0,13% e estão em R$ 143,65/@.
Com as negociações lentas, as escalas de abate recuaram 11% e 5% no comparativo diário e semanal, respectivamente. Mas considerando o atual cenário de programações mais confortáveis, os frigoríficos podem diminuir seu ritmo de compras, evitando aumentar as cotações da arroba.
Ontem (15/jul), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 154,50/@, alta de 1,61% ante o fechamento anterior.
No mercado futuro da B3, os contratos variaram em diferentes sentidos. O vencimento julho/19 avançou 0,10% e fechou em R$ 154,85/@. Já o contrato para outubro/19 caiu 0,34% e encerrou o dia em R$ 161,05/@.
No atacado, a carcaça casada bovina recuou 0,57% no comparativo semanal e iniciou esta semana cotada em R$ 10,45/kg.
Soja
Os preços futuros da soja em Chicago (CBOT) avançavam desde a divulgação do último relatório do USDA, mas fecharam o primeiro pregão desta semana em campo negativo, com o vencimento novembro/19 recuando 11,50 cents (1,23%), para US$ 9,20 por bushel.
O mercado climático continua como pano de fundo, devido a possibilidade de chuvas em algumas áreas do cinturão norte-americano. E assim, o clima continuará gerando volatilidade ao longo deste mês.
O dólar à vista interrompeu o recente movimento baixista nesta segunda feira (15), com valorização de 0,48% da moeda norte-americana, fechando o dia à R$ 3,756.
De acordo com o indicador Cepea/Esalq, a saca de soja fechou em R$ 74,12/sc, caindo 0,09% ante ao dia anterior.
Ontem (15), o USDA divulgou o progresso da safra americana de soja. De acordo com o órgão, cerca de 54% da safra está em condições boas ou excelentes, número inferior frente 69% da média dos últimos cinco anos.
Por fim, os dados de que o PIB da China cresceu apenas 6,2% no segundo trimestre deste ano, ritmo mais fraco visto em 27 anos, pressionou para baixo as indicações da soja, visto que o país é o maior comprador mundial do grão.