COVID-19 volta a assustar
Aumento vertiginoso no número de casos nos EUA assusta mercado norte-americano, no entanto, preço das commodities permanece firme.
Milho 
Após uma semana que começou super agitada, com uma volatilidade entre preço mínimo e máximo que ultrapassou os 8% na semana, o contrato de milho para janeiro/21 na B3 encerrou a sexta-feira com uma leve queda de 0,19%, cotado a R$ 79,96/sc. No mercado físico a pressão dos compradores para reduzir preços continua forte, no entanto, com o dólar firme próximo dos R$ 5,50, a referência em São Paulo continuou próximo dos R$ 80,00/sc.
Em Chicago, apesar do receio com a propagação cada vez mais intensa da COVID-19 no território norte-americano, o contrato para mar/21 encerrou o dia em leve alta de 0,30%, ficando cotado a US$ 4,20/bu. O desempenho negativo do dólar frente a uma cesta de moedas “fortes” foi um dos principais motivos para que a cotação do cereal permanecesse firme nos EUA.
Boi gordo 
Após semanas em ascensão, as indicações da arroba arrefeceram em meio à baixa liquidez das negociações nos últimos dias. A pressão negativa gerada pelo distanciamento das indústrias das compras, decretando férias coletivas ou manutenção das unidades, e queda do dólar interrompeu a evolução dos preços, que, apesar disso, se mantiveram praticamente estáveis em grande parte do território nacional. Em São Paulo, as programações de abate encerram a semana ajustadas, com 4,0 dias úteis, abaixo da média parcial anual, registrada em 5,5 dias úteis.
Já na B3, a sexta-feira seguiu a tendência e trouxe os ajustes negativos nos futuros. O novembro/20, contrato mais negociado do dia, encerrou a semana em R$ 289,05/@, baixa de 0,16% na comparação diária. Na comparação semanal, a baixa foi de 1,75%, ou seja, R$ 5,15/@. O dezembro/20, segundo contrato mais negociado, desacelerou 0,02%, fechando a R$ 285,40/@. Se olharmos para a semana anterior, a queda foi de 2,61%, o equivalente a R$ 7,65/@.
Soja 
O mercado brasileiro de soja continua com pouquíssimas negociações no físico e com a queda de 6% nos valores dos prêmios nos portos, o preço referência para negócios em tais localidades reduziu para os R$ 168,00/sc. No entanto, no interior do país, as cotações estão emparelhadas e praticamente não há diferencial de base frente ao preços nos portos.
Nos EUA, o vencimento para mar/21 registrou uma valorização de 0,22% na sexta-feira, chegando à casa dos US$ 11,48/bu. Os números divulgados pelo USDA a respeito das exportações semanais de soja vieram em linha com o que mercado esperava (1,47 milhão de toneladas), e com isso, as cotações permaneceram firmes no encerrar da última semana.
Agrifatto