Segunda da amargura em Chicago
Futuros de soja, milho e demais commodities agrícolas registram expressivas perdas no início de semana na CBOT, com o o cenário político e eleições norte-americanas, clima positivo nos EUA e desempenho da economia chinesa.
Milho
O preço do cereal na praça paulista abre a semana registrando preços abaixo de R$56,50 diante do período de oferta no mercado doméstico. Acompanhando a derrocada dos preços do cereal em Chicago, apesar da pequena valorização da moeda norte-americana ante o real, os futuros de milho voltaram a recuar nesta segunda-feira na B3. O contrato para setembro/24 (CCMU24) desvalorizou 0,94% e terminou o pregão regular de 15/07 cotado a R$ 57,75/sc.
Reagindo à queda do trigo e de todo o complexo soja nesta segunda-feira, os futuros de milho registraram desvalorizações superiores a 2% em Chicago, refletindo também as boas condições climáticas para o mês de julho no cinturão de milho dos EUA. O contrato futuro para setembro/24 (CU24) retrocedeu 2,86% e fechou a sessão diurna de 15/07 cotado a US$ 3,91/bu.
Boi gordo
O mercado físico do boi gordo permaneceu firme ontem, com destaque para o estado de São Paulo que apresentou a maior valorização diária (1,03%), fechando a R$ 229,45/@. Esse patamar não era alcançado desde o início de maio (03/05/2024). Esse otimismo refletiu na B3, com valorização em todos os contratos, especialmente o contrato com vencimento em jul/24, que registrou um acréscimo de 0,52%, ficando cotado a R$ 232,40/@.
As exportações brasileiras estão a todo vapor, fechando o primeiro semestre com 1,14 milhão de toneladas, o maior volume história para um semestre. E a segunda semana de jul/24 demonstrou a firmeza desses embarques, foram 55,38 mil toneladas na última semana e com isso reajustamos a estimativa de embarques em jul/24 para 221,50 mil toneladas, volume que pode ser recorde para um mês.
Soja
Os preços da oleaginosa recuam até 3 R$/sc no mercado brasileiro diante da baixa intensa na CBOT, com a referência de negócios em Paranaguá/PR retornam aos R$133,00/sc, o menor patamar em 50 dias.
Os futuros do grão de soja iniciaram a semana contabilizando novas perdas na CBOT, influenciados pelas condições climáticas favoráveis nos EUA, pela queda dos derivados da oleaginosa e por toda a questão envolvendo as eleições norte-americanas, caso Donald Trump vença, devido à possibilidade de retomada de retaliações comerciais com a China. O contrato para novembro/24 (ZSX24) desvalorizou 2,37% e encerrou a sessão regular de 15/07 cotado a US$ 10,40/bu.