Do Brasil para o mundo
Março de 2025 cria novo recorde nas exportações de carne bovina, impulsionado pelo preço competitivo e pela demanda aquecida.
Boi gordo
O mercado se mantém levemente positivo, com destaque para o Mato Grosso, que terminou esta terça-feira (15/04) precificado em R$ 329,58/@ alta de 0,92%, no comparativo diário. Já na B3, o movimento foi na contramão. Os contratos encerraram o dia no vermelho, com a maior desvalorização vista em jun/25, recuo de 1,0%, cotado a R$ 326,60/@.
Em março de 2025, o Brasil exportou 215,43 mil toneladas de carne bovina in natura, volume recorde para um mês de março, e 29,52% maior que o mesmo período do ano passado. Esse foi o segundo mês consecutivo de recordes, com aumento de 13,11% em relação a fevereiro/25. Apesar da queda de 0,58% no preço médio por tonelada (US$ 4.899), a receita total cresceu 12,46%, alcançando US$ 1,055 bilhão. O boi brasileiro, atualmente o mais barato do mundo, tem favorecido o avanço das exportações. Com a demanda aquecida e tensões entre EUA e China, abril também deve manter o bom desempenho.
Milho
No mercado interno, o milho encerrou o dia 15/04 em queda de 0,69% na praça de Campinas/SP, com a saca negociada a R$ 84,71. Queda para as cotações de milho na B3 nesta terça-feira. O aumento na oferta de milho verão, com o avanço da colheita e as chuvas registradas nos últimos dias trazem alívio ao mercado em relação a oferta, apesar do fortalecimento do dólar frente ao real. O contrato maio/25 (CCMK25) cedeu 0,76%, fechando o pregão regular a R$ 78,30/sc.
Nesta terça-feira, as cotações futuras de milho tiveram um fechamento misto em Chicago. Os contratos mais curtos recuaram e os mais longos subiram. As cotações de trigo mantendo o viés baixista e a expectativa de aumento das exportações da Argentina com o câmbio unificado colaboram com o movimento. O contrato de milho com vencimento em maio/25 (ZCK25), encerrou o pregão cotado a U$ 4,81/bu, recuo de 0,77% frente ao pregão anterior.
Soja
Em Paranaguá/PR, a soja encerrou o dia com recuo de 1,37%, com a saca cotada a R$ 135,30. Apesar da valorização do dólar, que costuma favorecer os preços internos, o mercado foi pressionado pelas quedas em Chicago, em meio a um dia de baixa liquidez.
Fechamento misto para as cotações futuras de soja nesta terça-feira na CBOT. Para os contratos mais curtos (mai, jul e ago/25), o movimento foi de baixa, para o contrato com vencimento em set/25 estabilidade e para o nov/25 alta. A recuperação do dólar, a queda nos preços do farelo de soja e a mudança na politica cambial da Argentina pressionaram os contratos mais curtos. A valorização do óleo de soja limitou as baixas. O contrato com vencimento em maio/25 (ZSK25), recuou 0,55%, encerrando o pregão regular a U$ 10,36/bu.