Milho
A junção de preço do petróleo em queda e produção do etanol reduzindo vem puxando as cotações do milho na CBOT em mínimas históricas. Ontem (15/04), o contrato futuro para maio/20 em Chicago atingiu US$ 3,19/bu, o cereal norte-americano não atingia este patamar para um contrato corrente desde o dia 03/10/2006, há mais de 13 anos atrás, quando o milho foi cotado à US$ 3,15/bu.
Ainda que o mercado brasileiro tenha sua própria dinâmica de negócios, a desvalorização do cereal norte-americano já está refletindo no solo brasileiro e deve continuar a impactar nas cotações por aqui. Na B3, a cotação do cereal fechou ontem cotada à R$ 43,90/sc, desvalorizando 0,48%. Ainda que a intensidade dos impactos da COVID-19 sobre o milho brasileiro não seja igual ao norte-americano, a pandemia já começou a alastrar seu impacto por aqui.
Boi gordo
O relatório do Imea (Instituto de Economia Agrícola Mato-Grossense), divulgado nesta semana, aponta que a região de Mato Grosso o número de negociações de boi gordo efetivadas tem melhorado, principalmente do dito “Boi china” – onde podem chegar a R$ 195,00/@.
No mercado de reposição o cenário é parecido, demonstrando um avanço semanal de 1,56% nos valores do bezerro de ano, com o preço batendo os R$ 1.699,02/cabeça na média do estado.
Enquanto isso no atacado e varejo, os preços permanecem praticamente estáveis desde o início do mês, com um pequeno ajuste negativo de 0,20 e 0,07% na última semana, respectivamente. O destaque fica para maio saída dos cortes desossados, segundo o Imea.
Soja
As novidades do mercado de soja seguem no exterior, com a oleaginosa registrando mais um dia de queda na CBOT, desta vez de 0,59% no contrato corrente, fechando a US$ 8,42/bu. A preocupação se alastra pelo mercado norte-americano, visto que as previsões de contração de 3% do PIB global em 2020 assustam os operadores.
No mercado interno, a desvalorização cambial e a demanda aquecida chinesa seguem apoiando o mercado, o olhar dos produtores brasileiros agora se volta as oportunidades que surgem para negócios da safra 20/21, tem mostrado preços bem atrativos.