Tropica mas não cai
Dando continuidade da queda de braço entre pecuaristas e indústria, o mercado resiste e os preços de mantém estáveis
Boi Gordo
O mercado físico do boi gordo iniciou a semana com estabilidade na maioria das praças pecuárias monitoradas, com a disputa entre produtores que buscam aumentar os preços e a indústria frigorífica que exerce pressão de baixa sobre os valores da arroba, tem acarretado a uma queda na liquidez e reduzido o volume de negócios. Os preços andaram de lado em quase todo o país nesta segunda-feira e a média brasileira apresentou estabilidade, com o animal terminado cotado a R$ 223,40/@. Na B3, o vencimento para jan/24 teve alta diária de 0,28% e fechou o dia em R$247,80/@.
As exportações de carne bovina in natura da segunda semana de jan/24 ficaram em 37,00 mil toneladas, média de 7,40 mil t/dia, representando queda de 40,61% em relação a média diária da semana anterior. Ao longo dos nove primeiros dias úteis do mês corrente foram embarcadas 86,83 mil toneladas da proteína bovina, 11,58% superior ao registrado no mesmo período em jan/23. Apesar da queda semanal, o volume enviado até o momento de jan/24 é considerado alto e devemos ter recorde para janeiro, com cerca de 190 mil toneladas enviadas.
Milho
O mercado brasileiro segue em ritmo desacelerado em relação ao milho, fechando a segunda-feira (15/01/2024) sendo negociado próximo dos R$ 66,00/sc em Campinas/SP. Apesar da valorização da taxa de câmbio neste início de semana, os futuros de milho ampliaram a sequência de quedas diárias na bolsa brasileira, diminuindo o ágio dos contratos futuros na B3 (especialmente os vencimentos mais longos) frente ao preço de paridade de exportação base porto. O contrato mar/24 (CCMH24) retrocedeu 2,47% e finalizou o pregão regular de segunda-feira cotado em R$ 66,47/sc.
Nesta segunda-feira (15) foi feriado nos Estados Unidos (Dia de Martin Luther King Jr.) e não houve negociação para os futuros de milho na CBOT. O fechamento da última sessão regular (12/01) para o vencimento mar/24 (CH24) foi de US$ 4,47/bu.
Soja
Com o dólar operando em alta e a inatividade de Chicago por conta do feriado estadunidense, a oleaginosa volta a subir no mercado interno, encerrando o dia na casa dos R$ 129,00/sc em Paranaguá/PR.
Também não houve negociação para os futuros da oleaginosa nesta segunda-feira em Chicago devido ao feriado norte-americano. O vencimento mar/24 (ZSH24) encerrou o pregão de sexta-feira (12) cotado em US$ 12,24/bu.