Milho
A semana se inicia com mercado enfraquecido, o indicador do CEPEA exibiu novo recuo no fechamento da sexta-feira (12) e voltou aos patamares de dezembro/18 – queda de 1,32% e referência em R$ 36,69/sc.
Em bolsa, os contratos para maio e setembro perdem 0,18 pontos e têm parcial em R$ 34,52/sc em R$ 33,20/sc, respectivamente.
Nos portos, as duas pontas disputam por preços, e embora o câmbio tenha tido valorização nos últimos dias, as cotações ainda não estimulam a entrega do insumo pela ponta vendedora. O dólar baliza-se ao redor de R$ 3,88 nesta manhã (15.abr).
As expectativas de safra cheia na América do Sul, com possibilidade de colheita maior ante o projetado atualmente (ao redor de 94 milhões de toneladas – CONAB), esfriam o mercado, com alívio para as cotações.
E as negociações antecipadas avançam, as referências para Primavera do Leste/MT ficam em R$ 20,50/sc para entrega em julho e pagamento no mês seguinte. Em Paranaguá/PR, para embarques em início de junho, as referências ficam ao redor de R$ 37,00/sc.
Boi gordo
Escalas avançaram na última semana, mas o feriado pode dificultar as compras da indústria.
Embora o feriado de Sexta-feira da Paixão (19) possa reduzir pontualmente o consumo de carne bovina, a demanda pode continuar firme no curto prazo, dando firmeza as cotações.
Além disso, pecuaristas devem se retirar temporariamente do mercado, dificultando compras de boiadas terminadas pelos frigoríficos e encurtando as programações de abate.
Ao longo da última semana, as escalas avançaram 55% e atendiam a 6,1 dias na última sexta-feira (12). Em São Paulo, por exemplo, estavam em 7,6 dias.
O indicador Esalq/B3 fechou a última semana em R$ 158,10/@, queda de 0,44% no comparativo diário.
No mercado futuro da B3, o vencimento para abril fechou a sexta-feira (12) em R$ 157,15/@ (+0,26%). Já os contratos para maio e outubro fecharam em R$ 155,05/@ (+0,26%) e R$ 159,50/@ (+0,06%), respectivamente.
A carcaça casada bovina está cotada em R$ 10,60/kg. O spread (diferença de preços entre a carne bovina no atacado e a arroba do boi gordo) fechou a semana passada em -0,11% e deve voltar ao campo positivo nos próximos dias.
Soja
Reportou-se aquecimento das negociações nos portos brasileiros no final da última semana. Os prêmios para os embarques de maio/19 sofreram reajustes positivos, passando de valores próximos a US$ 0,28/bu para US$ 0,32/bushel.
A variação positiva para os prêmios indica maior interesse pela ponta compradora, entretanto, a correção não retorna os prêmios a patamares do início deste mês, quando estava entre US$ 0,40 e US$ 0,42/bushel.
Em Chicago, as variações continuam técnicas, com as cotações em tendência primária de queda desde o início deste mês. A falta de informações sobre a disputa comercial entre EUA e China mantém o mercado cauteloso.
Além disso, o clima neste início de safra norte-americano também deve começar a gerar cada vez maior volatilidade, com projeções climáticas apontando para novas rodadas de chuvas nesta semana.
No Brasil, o Safras & Mercado aponta que 89,10% da área com soja já foi colhida, e apesar da ampliação da oferta, as cotações para o grão têm registrado certa sustentação. Em Rondonópolis/MT, as referências subiram 2,4% no último mês, com parcial em R$ 67,55/sc (balcão – FOB).
Em Rio Verde/GO, avanço de 2,1% nos últimos 30 dias e referência em R$ 67,80/sc. No Triângulo Mineiro valorização de 1,5% no mesmo período, com parcial em R$ 69,75/sc. Por fim, as cotações subiram 0,17% no Norte do PR e ficam em R$ 70,70/sc.