Entre festividades e seca
“Encanto natalino” sustenta boi na maioria das regiões, enquanto o norte do país “dança” na seca
Boi Gordo 
A magia do Natal já paira sobre o mercado físico, com um escoamento doméstico movimentado e confraternizações a todo vapor. As indústrias frigoríficas mantém seus estoques abastecidos, preparando-se para as últimas semanas de dezembro. Em Minas Gerais, o acréscimo foi de 0,9%, com preço fixado a R$ 240,20/@ no comparativo diário. Por outro lado, na região norte do país, a seca persiste e dificulta na valorização do boi; em Tocantins, a queda diária foi de 0,3%, com o boi precificado a R$ 220,80/@. Na B3, contrariando o mercado físico, todos os contratos tiveram ajustes negativos e o vencimento para dez/23 teve uma queda de 0,12%, cotado a R$ 247,70/@.
No mercado de carne com osso, as vendas no varejo e as distribuições são consideradas boas. As negociações semanais foram antecipadas em um dia, abrindo ontem à tarde, com preços estáveis para a maioria dos produtos com ossos. A exceção de demanda é o dianteiro que se destaca pela demanda fraca, resultando em uma cotação de R$ 12,50/kg, com viés de baixa; algumas negociações já estão sendo realizadas a R$ 12,00/kg.
Milho 
As incertezas sobre oferta do milho seguem sustentando o preço do grão no mercado interno, com o milho em Campinas/SP negociado em R$ 68,50/sc. A ausência de exportadores do mercado trouxe movimento de baixa, acompanhando também a oscilação negativa da taxa de câmbio e das cotações em Chicago, os futuros de milho acumularam perdas superiores a 1% nesta quinta-feira na B3. O contrato jan/24 (CCMF24) retrocedeu 1,28% e terminou o pregão regular de 14/dez cotado em R$ 72,22/sc.
Em Chicago, os futuros de milho finalizaram a quinta-feira no campo negativo. Além de repercutir o cenário de oferta recorde e estoques do cereal nos EUA, o USDA reportou vendas semanais da commodity norte-americana dentro da faixa esperada pelo mercado. Neste sentido, o contrato mar/24 (CH24) oscilou -0,05% e fechou a sessão diurna de 14/12 cotado em US$ 4,79/bu.
Soja 
Mesmo com leves altas na CBOT, o movimento de queda do dólar foi mais pesado, recuando dos R$ 4,90 e trazendo leve acomodação para as cotações da soja no Brasil, com a saca em Paranaguá/PR recuando para a referência de R$148,00/sc.
Após os recuos diários observados recentemente, os futuros do grão de soja apresentaram pequenas movimentações de alta durante a última quinta-feira na CBOT, refletindo o contexto de clima menos otimista para o Brasil no curto prazo e uma grande venda de soja norte-americana (400 mil toneladas) reportada pelo USDA na temporada 23/24. O contrato jan/24 (ZSF24) valorizou 0,50% e acabou precificado em US$ 13,14/bu.