Colheita do milho engata a 2ª marcha e pressiona cotações no mercado físico
Mesmo com a parcial sustentação oferecida pela valorização do dólar, a oferta de milho que está aos poucos sendo despejada no mercado, interrompe qualquer valorização que possa ser observada.
Milho 
Com o dólar dando sustentação, o milho no mercado físico brasileiro voltou a se valorizar, ainda assim a cotação do cereal se aproxima dos R$ 47,00/sc. A pressão negativa sobre os preços vem da colheita, segundo o Imea, mais de 8% da área total estimada já foi colhida no Estado de Mato Grosso, o Departamento de Economia Rural do Paraná, trabalha com uma colheita acima dos 9%.
Aos poucos a oferta chega ao mercado e pressionas as cotações, ainda assim, o fundo parece estar um pouco distante. Já que o vencimento para julho/20 na B3, aponta o valor de R$ 43,80/sc, demonstrando um caminho de desvalorização de no mínimo R$ 3,00/sc a ser percorrido. Nos EUA, os negócios seguem pouco movimentados devido as indefinições sobre para onde vai a demanda por milho norte-americano, o padrão climático ainda não dá sinais de grandes preocupações.
Boi gordo 
Semana positiva para o mercado atacadista de carne bovina. Os estoques enxutos e as negociações para essa semana impulsionaram os preços da carcaça casada bovina, que encerram a sexta-feira (12/jun) em R$ 13,90/kg – um avanço de 2,88%. Após as altas registradas na última semana, é possível que as cotações se acomodem nos próximos dias.
No mercado de boi gordo o cenário continua otimista, a dificuldade de adquirir boiada gorda nesta entressafra tem pressionado positivamente a arroba e apertado as programações de abate nas principais praças brasileiras. Em São Paulo, o preço médio da arroba gira em torno de R$ 200-205/@, com o ágio do “boi-china” variando entre R$10-15/@.
Soja 
A alta volatilidade continua a dar as caras no mercado da soja, com a valorização de 2,7% no dólar na sexta-feira, a cotação da oleaginosa voltou a subir e rompeu a barreira dos R$ 105,00/sc novamente. Apesar da redução na demanda, a soja brasileira continua competitiva frente a norte-americana, e os volumes embarcados neste mês devem ser muito bons para um mês de junho.
Em Chicago, o mercado se apoia nas vendas externas para registrar qualquer avanço, na sexta-feira o contrato da oleaginosa com vencimento de para julho/20 avançou 0,6%, fechando o dia cotado US$ 8,71/bu. O relatório de oferta e demanda divulgado na quinta-feira pelo USDA, trouxe pouca movimentação ao mercado, já que as estimativas de produção e consumo não sofreram grandes alterações.
Agrifatto