Mercado cinzento pós carnaval
Junto com a ressaca de carnaval, boi gordo sofre para demonstrar força
Boi Gordo
Com a semana começando praticamente no meio, o mercado físico do boi gordo engrena lentamente, com poucas negociações e os preços sem alterações significativas. Entretanto, olhando para um panorama semanal, algumas regiões do país foram acometidas pela pressão baixista imposta pela indústria, esse cenário deve persistir ao longo do mês com a chegada da segunda quinzena e um menor escoamento no mercado doméstico. As escalas de abate avançaram e estão rondando em torno de 9 dias de abate, na média nacional. Em Goiás, a desvalorização foi de 1,8% na comparação semanal, com a arroba precificada em R$ 221,30. Na B3, o vencimento para fev/24 ficou em R$ 239,90/@, sem alteração na comparação diária.
Já no atacado da carne, o mercado tem observado um excesso de oferta de vacas e novilhas, contudo a disponibilidade de boi castrado, enfrenta uma leve restrição. Importante ressaltar que com o início da quaresma nesta quarta-feira, começa um período de importância religiosa que inclui em alguns casos a abstinência de carne vermelha, esta tradição juntamente com as restrições sazonais de uma segunda quinzena de mês, torna o restante de fevereiro especialmente desafiador. A carcaça casada do boi castrado e inteiro estão precificadas a R$16,30/kg e R$15,00/kg, respectivamente.
Milho
Mantendo a toada da última semana, o milho apresentou mais um dia de estabilidade no mercado doméstico devido ao baixo volume de negócios, sendo comercializado levemente acima dos R$ 62,00/sc em Campinas/SP. Os futuros de milho finalizaram a quarta-feira em território negativo na B3, acompanhando o viés de baixa de Chicago e as previsões climáticas mais favoráveis para a América do Sul no curto prazo. O contrato mar/24 (CCMH24) variou -0,62% e encerrou o pregão regular de 14/02 cotado em R$ 64,46/sc.
Na CBOT, os futuros de milho voltaram a acumular perdas durante a última quarta-feira, influenciados pelo cenário de oferta da commodity e pela desvalorização dos futuros de trigo e do complexo soja em Chicago. O contrato mar/24 (CH24) retrocedeu 1,51% e fechou a sessão diurna de 14/02 cotado em US$ 4,24/bu.
Soja
Influenciada pela queda dos futuros em Chicago, a soja recuou e foi comercializada pouco abaixo dos R$ 118,00/sc no mercado físico de Paranaguá/PR.
Os futuros do grão de soja renovaram importantes mínimas ao longo da última quarta-feira em Chicago e registraram quedas superiores a 1%, refletindo o patamar mais elevado do Índice Dólar (DXY), o movimento negativo dos derivados da oleaginosa e boas chuvas registradas na Argentina nos últimos dias. O contrato mar/24 (ZSH24) desvalorizou 1,33% e terminou a sessão regular de 14/02 cotado em US$ 11,71/bu.