Milho
As operações com o cereal a campo começam mais cedo nesta temporada, com o PR já semeado 4,4% da área estimada. Os trabalhos também estão adiantados no MT, onde cerca de 1,4% da área já foi semeada.
Deste modo, a janela de plantio do cereal deverá ser mais confortável nesta safra, por outro lado, há o risco climático em meio ao recente período quente e seco.
Essa incerteza sobre o clima tem mantido as cotações fortalecidas, já que possíveis ajustes para baixo da produção, pressionariam para cima os valores propostos. E na expectativa de nova rodada de alta, produtores retém a matéria-prima.
Em SP as indicações de preços continuam ao redor de R$ 38,80/sc, com os contratos futuros em bolsa apontando manutenção destes patamares nos próximos meses.
Nesta semana, as variações de preços deverão se relacionar com o clima e com alterações para o câmbio. No curto prazo, não há fatores para alívio expressivo das cotações do cereal.
Boi gordo
A segunda metade de janeiro entra com lentidão no mercado pecuário. Mas no radar estão escalas confortáveis e a sazonalidade do consumo interno podendo aliviar das cotações.
Ao longo da última semana, as programações de abate média dos estados levantados pela Agrifatto passaram de 6,7 para 7,6 dias úteis, uma alta de 13% no período. Destaque para São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que aumentaram as escalas em 33%, 24% e 43%, respectivamente.
No mesmo período, o indicador Esalq/BM&F recuou de R$ 152,70/@ (07/jan) para R$ 151,10/@, queda semanal de 1,05%.
No mercado interno, a sazonalidade mostra um consumo menor de carne bovina na segunda quinzena de cada mês. Além disso, janeiro é um mês com um número maior de gastos (IPVA, IPTU, material escolar, etc), podendo ser um agravante.
Na tarde de hoje (14/jan), o MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços) deve divulgar os dados semanais de exportações. E ritmo aquecido dos embarques de carne bovina colabora para sustentar os preços da arroba.
No mercado futuro da B3 (antiga BM&F), o contrato para janeiro encerrou a sexta-feira (11/jan) negociado a R$ 152,30/@, alta diária de 0,07%. Já os vencimentos fevereiro e maio fecharam a R$ 152,55/@ (+0,16%) e R$ 151,20/@ (0,0%), respectivamente.
Soja
Com a indefinição comercial entre EUA e China, e a divulgação de poucas informações sobre o avanço das negociações, o clima América do Sul e a queda das exportações chinesas alimentam o mercado de volatilidade.
Ao longo da última semana, os preços futuros da soja acumularam queda 1,2%. Hoje (14/jan), os contratos futuros na CBOT (Bolsa de Chicago) recuam entre 5,25 e 6,25 cents por bushel. O contrato para janeiro voltou a ser negociado abaixo de US$ 9,00/bushel.
Em Primavera do Leste (MT), compradores ofereciam R$ 65,00/sc, para entrega e pagamento à vista. Com entrega em fevereiro e pagamento em março, compradores ofereciam R$ 62,00/sc.
Na última sexta-feira (11/jan), o indicador ficou em R$ 70,96/sc, recuou diário de 0,13%.
No mercado doméstico, a queda de 5,12% para o dólar nos últimos 30 dias, pressiona negativamente os preços do grão. Em contrapartida, ajustes de produção pode colaborar para suporte das cotações.
Cotações parciais
Boi gordo
Jan/19: 152,50 / 0,2
Fev/19: 153,00 / 0,45
Mar/19: 152,50 / 0,50
Mai/19: 151,30 / 0,00
Out/19: 157,00 / 0,00
Milho
Jan/19: 38,70 / 0,10
Mar/19: 39,87 / 0,40
Mai/19: 37,83 / 0,38
Jul/19: 34,30 / 0,00
Soja – B3
Mar/19: 21,96
Soja – Mini contrato – CME (B3)
Mar/19: 19,95 / -0,10
Mai/19: 20,19 / -0,24
Jul/19: 20,55 / 0,00
Soja – CBOT
Jan/19: 893,25 / -6,00
Mar/19: 904,50 / -5,75
Mai/19: 918,25 / -5,50
Jul/19: 930,75 / -5,50
Dólar comercial: 3,73
Dólar Futuro
Fev/19: 3730,00 / 15,00
Mar/19: 3723,50 / 0,00
Abr/19: 3702,00 / 0,00