Milho
Contratos futuros iniciam a manhã com novas altas, buscando os máximos valores já registrados para os contratos.
Os vencimentos mais curtos ganham 0,20 pontos nos primeiros minutos do pregão hoje (14), com o novembro/19 avançando para R$ 41,29/sc. Na esteira, o jan/20 mostra parcial em R$ 42,50/sc.
Os contratos mais longos têm altas mais comedidas, com o março/20 em R$ 42,30/sc (+0,30/sc) e o mai/20 com valores em R$ 41,04/sc (+0,04 pontos).
Além dos contratos futuros, o último indicador do CEPEA também mostrou uma correção positiva na última sexta-feira (11), com fechamento em R$ 40,41/sc (+0,20%).
No mercado doméstico, o produtor segue preocupado com a semeadura da soja, o que torna o mercado pouco ofertado com o milho, colaborando para os preços firmes do cereal.
No sul mato-grossense, as negociações avançaram em ritmo compassado na última semana, com a maioria das indicações ao redor de R$ 29,00/sc para retirada e pagamento imediatos.
Boi gordo
Na última semana, a carcaça casada bovina no atacado continuou mostrando revisões positivas, subindo 1,77% no período e com fechamento em R$ 10,94/kg. Nos últimos 30 dias acumula alta de 3,11%.
O spread (diferença de preços entre a carne bovina vendida no atacado e a arroba do boi gordo), iniciou o mês negativo, mas fechou a segunda semana de outubro em campo positivo, com parcial em +1,38%.
Na sexta-feira (11/out), a Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos) comunicou que o serviço sanitário russo publicou em seu site a reabilitação para exportação de carne de uma planta da Cooperfrigu, localizada em Gurupi, sul do Tocantins.
A retirada das restrições russas sobre a carne bovina brasileira deu início em nov/2018, mas até o momento, somente cinco indústrias foram autorizadas a exportar para Rússia, segundo a Abrafrigo.
A Rússia que já foi o maior importador de carne bovina brasileira, neste ano, de janeiro a setembro, importou ao redor de 52 mil toneladas, enquanto a média histórica é de 150 mil toneladas.
Sexta-feira (11/out), o indicador Esalq/B3 fechou a R$ 159,95/@, queda de 1,69% no comparativo diário.
Soja
Novas negociações ocorreram em Washington entre EUA e China na última semana (nos dias 10 e 11 de outubro), com o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciando que os dois países chegaram a fase 1 de um acordo comercial.
Este primeiro passo indica avanços importantes em assuntos relacionados a propriedades intelectuais, serviços financeiros e grandes compras agrícolas.
Além disso, o avanço das últimas negociações adiou o aumento das tarifas de importação de 25% para 30% sobre 250 bilhões de dólares em produtos da China com destino os Estados Unidos agendados para início nesta terça-feira (15).
Entretanto, novas conversas ainda devem ser agendadas ao final deste mês, para ajustar os detalhes da “fase um” do acordo comercial. O objetivo destas novas negociações é finalizar um acordo escrito para que os líderes dos dois países possam assina-lo na cúpula da Cooperação Ásia-Pacífico no próximo mês no Chile.
No mercado doméstico, as preocupações voltam-se para a ocorrência de novas rodadas de chuvas, e neste sentido, período de menor umidade deve marcar os próximos dias e atrasar ainda mais os trabalhos em campo.
A expectativa fica para acumulados médios entre 15 e 20 mm nos próximos 5 dias, no MT, MS e sul de Goiás. Já o estado de São Paulo deve registrar dias mais secos e com temperatura acima do normal para o período.