Milho

Após o relatório de oferta e demanda do USDA que surpreendeu o mercado, as cotações em Chicago acumularam baixa próxima a 10% (considerando os contratos mais curtos).

Na B3, o recuo acumulado ficou ao redor de 5% (também considerando os vencimentos deste ano). Já nesta manhã, as duas bolsas mostram recuperação das cotações.

Após variações expressivas, como as que foram registradas nos últimos dias, é comum um movimento de correção, mas também é possível que o novo equilíbrio das cotações se mostre em patamares menores.

Especialmente com o último relatório do USDA, apontando para uma safra maior de milho nos EUA. Aliás, seguimos em um mercado climático, e a volatilidade ainda deve continuar em alta.

No mercado físico brasileiro, a ponta vendedora se afasta de novas negociações, e acordos para exportação perderam fôlego. Já para atender o mercado doméstico, os preços não mostraram fortes variações.

Após os números maiores para a safra de milho americana, a posição da ponta vendedora brasileira e o câmbio, devem configurar como importantes fatores de precificação.

Boi gordo

Sem grandes novidades para o mercado pecuário, as indicações no mercado físico são preservadas nesta semana.

Em São Paulo, nas praças analisadas pela Agrifatto, a arroba se mantém entre R$ 155,00 e 158,00/@ (FOB – para descontar impostos). Há registro de vendas com preços maiores por meio de bonificações.

De modo geral, as escalas de abate em SP, GO e MT se mantêm entre 6 e 7 dias úteis, trabalhando ainda acima da média registrada neste ano.

Ontem (13/ago), o indicador do boi gordo Esalq/B3 ficou em R$ 154,20/@, avanço de 0,39% ante o fechamento anterior. Já na B3, o contrato do futuro para outubro/19 fechou em 159,85/@ com desvalorização de 0,37% na comparação diária.

Segundo dados preliminares divulgados pelo IBGE, o país abateu 8,08 milhões de cabeças bovinas no segundo trimestre de 2019- alta de 2,4% frente ao primeiro trimestre deste ano e avanço de 4,1% em relação ao mesmo período de 2018.

Soja

O anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, em adiar as novas tarifas previstas para início em 1º de setembro, gerou novo ânimo ao mercado.

Já que uma pausa na escalada comercial melhora o otimismo quanto ao escoamento dos amplos estoques com soja nos EUA.

As condições climáticas no cinturão agrícola norte-americano também continuam no radar, e neste sentido, espera-se temperaturas dentro do normal para os próximos dias.

A precipitação pode ficar ligeiramente abaixo da média em algumas regiões, mas a possibilidade de prejuízo a produtividade deve ser menor nos próximos dias.

Outro fator que também mostra alta volatilidade recentemente fica para o dólar, variando entre R$ 3,90 e R$ 4,00 desde os primeiros dias deste mês. Apesar de forte variação nas últimas semanas, o câmbio tem respeitado a resistência em R$ 4,00/US$.

No mercado doméstico, a recuperação ontem (13) dos futuros em Chicago aqueceu as negociações, com registros de vendas ao redor de R$ 72,50/sc em Campo Verde (retirada neste mês e pagamento em setembro).