Milho
O trigo e o milho subiram na bolsa de Chicago ontem (13/mai), e na esteira, o cereal também passou por correções positivas na B3, com um impulso extra pela valorização do dólar.
Nesta manhã, novos avanços para o milho em Chicago e na B3. Na bolsa brasileira, o insumo sobe 0,25 pontos para o contrato de maio/19 e baliza-se ao redor de R$ 33,30/sc.
O vencimento para setembro/19 sobe com maior intensidade, a alta de 0,43 valoriza o milho a R$ 32,26/sc no início do pregão.
O clima desfavorável aos trabalhos em campo nos EUA dá o tom da alta para os cereais, e até o início desta semana, 30% do milho foi semeado (ante 60% no ano passado).
Além disso, os números de exportações brasileiras foram impressionantes, na primeira semana de maio o país embarcou 253 mil toneladas de milho. A média diária ficou em 36,17 mil toneladas, representando alta de 1.235% ante o mesmo período do ano passado, quando foram enviadas 2,71 mil toneladas/dia.
As exportações em ritmo aquecido têm o potencial de enxugar parte da oferta desta temporada, as projeções apontam que 33% da produção brasileira pode ir para o mercado externo, e se confirmado, podem gerar sustentação mais forte no 2º semestre.
Boi gordo
Demanda interna por carne bovina e oferta de animais terminados direcionarão preços nos próximos dias.
O consumo interno menor neste período do mês, somado a uma oferta maior de animais terminados pela proximidade com o final da safra de capim, devem pressionar os preços nas próximas semanas.
Entretanto, as possibilidades de chuvas em algumas regiões podem aliviar o movimento baixista no curto prazo, ao menos em algumas praças.
No mercado externo, as exportações iniciaram maio em bom ritmo, mas representam aproximadamente 1/5 da produção, limitando seu impacto nas cotações do boi gordo.
As exportações de carne bovina in natura referentes aos embarques dos 7 (sete) primeiros dias úteis de maio/19 contabilizaram um volume total de 47,85 mil toneladas e uma receita de US$ 182,76 milhões.
A média diária registrada foi de 6,84 mil toneladas, alta de 30,7% em relação à média do mês anterior e avanço de 58,6% frente ao desempenho do mesmo período de 2018.
Ontem (13/mai), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 150,45/@, queda de 0,53% no comparativo diário.
No mercado futuro da B3, o vencimento maio/19 fechou em R$ 152,30/@, sem variação em relação ao pregão anterior. Já o vencimento outubro/19 subiu 0,63% e encerrou o dia em R$ 160,40/@.
Soja
A disputa entre EUA e China continua acirrada, com o país norte-americano ameaçando elevar as tarifas para 25% sobre mais de 300 bilhões de dólares em produtos chineses.
Ao mesmo tempo, ambos os países concordaram em continuar com as negociações, e seus presidentes devem se encontrar no próximo encontro do G20 no Japão ao final de junho.
E ainda sobre este tema, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que o governo estuda disponibilizar 15 bilhões de dólares aos produtores norte-americanos, sem que maiores detalhes tenham sido divulgados.
O fato é que as dúvidas sobre a disputa comercial e a demanda asiática voltada para a América do Sul continuam pressionando para cima os prêmios brasileiros, alcançando US$ 1,08/bushel para embarques por Paranaguá em julho/19 – trata-se do maior patamar desde início de novembro do ano passado.
Além disso, os preços também passam por correções positivas em Chicago nesta manhã, e combinado com o prêmio e dólar em alta, as referências no mercado doméstico podem passar por reajustes positivos.
Em Paranaguá, as indicações subiram 0,75% na comparação diária, balizado em R$ 75,15/sc. Em Sorriso/MT, alta de 0,70% para R$ 59,00/sc. Já em Rio Verde/GO, queda de 0,80% para R$ 64,65/sc e recuo de 1,65% no Triângulo Mineiro (R$ 65,75/sc).