Rotas ajustadas?
Após as revisões de área plantada e de produtividade de soja e milho nos EUA por parte do USDA, o mercado segue atento à demanda pelas commodities norte-americanas com o início da colheita no país. Clima na América do Sul também permanece no radar
Milho 
Os preços do milho andaram de lada nesta quarta-feira, com os negócios ocorrendo em ritmo reduzido e o cereal é comercializado a R$ 53,00/sc em Campinas/SP. Na B3, os futuros de milho ampliaram a sequência de recuos diários, ponderando o movimento de queda do dólar e o cenário de oferta regular do cereal no mercado doméstico. O vencimento nov/23 (CCMX23) recuou 0,33% e fechou o pregão regular de 13/09 cotado em R$ 57,06/sc.
Em Chicago, os futuros de milho chegaram a acumular altas acima de 1% no primeiro pregão após a divulgação dos novos dados de oferta e demanda agrícola por parte do USDA, acompanhando também a valorização dos futuros de trigo e com os participantes monitorando o início da colheita de milho nos EUA, que atingiu 5% da área até 10/set. O vencimento dez/23 (CZ23) valorizou 1,21% e terminou a sessão diurna de 4ª feira (13) cotado em US$ 4,82/bu.
Boi Gordo 
O mercado físico começa a se mexer e ajustes positivos na arroba do boi gordo já são vistas em grande parte das praças pecuárias, a indústria frigorífica enfrenta dificuldades para manter as escalas alongadas, com isso os preços são pressionados para cima. Em São Paulo, o bovino para abate encerrou esta quarta-feira (13/9) cotado a R$ 206,90/@, incremento de 4,6% e 5,6% na comparação diária e semanal, respectivamente. Na B3, os futuros tiveram movimentações negativas para todos os contratos deste ano e o vencimento para nov/23 ficou precificado a R$ 227,75/@, recuo de 0,65% na comparação feita dia-a-dia.
Para o mercado internacional, no Mercosul a cotação do boi gordo em dólar recuou em todos os países, a oferta elevada de boi gordo no Uruguai e Paraguai pressionaram os preços para baixo. Olhando para o mercado chinês, nosso maior importador, está com o estoques bem abastecidos e demonstra cautela na hora de realizar novas compras, resultando em preços do dianteiro bovino para exportação pressionado.
Soja 
Com o dólar voltando a se aproximar dos R$ 4,90, a soja recuou no mercado físico brasileiro. Em Paranaguá/PR, a oleaginosa é negociada na média de R$ 148,50/sc.
Os futuros do grão de soja encerraram a quarta-feira no campo positivo em Chicago, absorvendo melhor as atualizações do relatório do USDA que trouxe uma redução na oferta e nos estoques finais norte-americanos da oleaginosa. Além disso, o dado de inflação dos EUA em linha com o esperado pelo mercado impulsionou os ativos de risco e, consequentemente, as commodities agrícolas na CBOT. O vencimento nov/23 (ZSX23) oscilou +0,24% e acabou precificado em US$ 13,50/bu.