Milho e soja sem fôlego
Na última semana, quedas na B3 e em Chicago refletem dólar mais fraco e revisão nos estoques globais após relatório do USDA.
Milho
No mercado interno, o milho encerrou a última semana ainda em baixa, com a saca na praça de Campinas/SP registrando uma queda de 0,11%, sendo negociada a R$ 62,91. Na B3, apesar da queda do dólar e das perdas no mercado internacional, o vencimento com maior liquidez, julho/25 (CCMN25), fechou o pregão regular cotado a R$ 62,99 por saca, com alta de 0,85% em relação ao dia anterior.
Na Bolsa de Chicago, os contratos futuros do milho encerraram a semana em queda, refletindo o impacto das novas perspectivas divulgadas pelo relatório WASDE. O relatório revisou para baixo as estimativas de estoques, no entanto, o volume segue elevado para o cereal . O contrato julho/25 (ZCN25) caiu 1,04%, cotado a US$ 4,03 por bushel.
Boi gordo
Nessa sexta-feira, o mercado físico do boi terminou em queda em 8 das 9 praças pecuárias monitoradas. O destaque ficou para o Mato Grosso, que recuou 0,45% na comparação diária, sendo precificada a R$ 309,38/@, o Pará também foi destaque por ser a única praça que avançou na comparação diária, a cotação da arroba elevou-se em 0,13%, sendo precificada a R$ 288,20. No mercado futuro, a B3 encerrou o pregão em cenário otimista. O contrato com vencimento em set/25 avançou 0,65% na comparação diária, sendo negociado a R$ 318,00/@.
No mercado doméstico, a entrada da massa salarial impulsionou as vendas no varejo, que ganharam um ritmo moderado a medida que o fim da semana se aproximava. Apesar disso, parte da mercadoria ofertada pelos distribuidores ficaram estocadas, sinalizando uma pressão nos preços para a próxima semana por aumento da oferta. No mercado físico, o preço do boi gordo se mantém pressionado. As incertezas sobre os próximos passos da tarifa fez com que muitos frigoríficos suspendessem as compras e se programassem com contratos a termo e de produção própria.
Soja
No mercado interno, a referência de Paranaguá/PR encerrou a última sexta-feira (11) com uma desvalorização de 0,32%, com a saca negociada a R$ 136,14, refletindo a queda do dólar, que tende a desestimular as exportações para os produtores brasileiros.
Na Bolsa de Chicago, o mercado também fechou em baixa após os dados divulgados pelo USDA, na última sexta-feira, indicarem um aumento nas estimativas dos estoques globais da oleaginosa. O contrato julho/25 (ZSN25) encerrou com baixa de 0,84%, cotado a US$ 10,04por bushel.