Vendas travam e boi encontra maior dificuldade para avançar
Chegada da segunda quinzena do mês travou as negociações de carne no atacado e reflete diretamente no ânimo dos frigoríficos em aumentarem as compras, limitando espaço para valorização do animal.
Milho
Com a ajuda da CBOT, o milho no Brasil avançou mais uma vez, ultrapassando a barreira dos R$ 55,00/sc, e atingindo o maior valor dos últimos quatro meses. Na B3, o movimento foi parelho, já que a valorização fez o vencimento setembro/20 chegar próximo dos R$ 58,00/sc, valorizando 2,86% nesta quinta-feira. A pergunta que fica é será que bateremos o recorde do ano? O milho no mercado físico pode ultrapassar os R$ 60,14/sc, que foi registrado dia 31/03/2020.
A pressão do mercado brasileiro veio de Chicago, já que na CBOT, o contrato com vencimento para setembro/20 valorizou 3,42%, recuperando o patamar dos US$ 3,25/bu. O movimento que iniciou essa alta veio do Iowa, onde alagamentos podem provocar a perda de mais de 7 milhões de toneladas, com isso o mercado ficou animado e várias posições vendidas acabaram sendo cobertas, fazendo a cotação subir fortemente nesta quinta-feira.
Boi gordo
A pouca movimentação no mercado atacadista não permitiu que houvesse maior liquidez nas negociações. Com isso, apesar da baixa disponibilidade de produtos, os preços não tiveram força para alavancar e seguem estáveis. Além disso, no varejo a pressão negativa gerada pela proximidade da segunda quinzena já começa a desacelerar as vendas, o que impacta diretamente no fluxo de saída do atacado.
Ontem (13), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou os dados iniciais referentes aos abates do 2°TRI/20, que indicam uma queda de 1,2% ante o 1°TRI/20 e baixa 9,7% quando comparado ao mesmo período do ano passado. No total parcial foram abatidas 7,17 milhões de cabeças de bovinos sob algum sistema de inspeção sanitária. Neste cenário, os dados comprovam a desaceleração nos abates em todo o território nacional.
Soja
A soja brasileira teve mais um dia de sustentação, e o fortalecimento das cotações veio de Chicago, onde as cotações voltaram a ficar acima dos US$ 9,00/bu no contrato corrente. Desta forma, o preço da oleaginosa no mercado físico brasileiro chegou a ser negociada acima dos R$ 126,00/sc em grande parte dos portos do sul do país.
Nos EUA, o dia foi positivo aos agricultores do país, já que a soja na CBOT viu o contrato com vencimento para setembro/20 subir 1,79% nesta quinta-feira, ficando cotado a US$ 8,96/bu. O bom desempenho do farelo de soja e das exportações deram fôlego para que a soja nos EUA valorizasse após semanas de negatividade.
Agrifatto