Milho sem freio?
Exportações do cereal norte-americano e incertezas com o milho 2a safra dão força para as cotações no mercado físico e B3.
Milho 
Em Campinas/SP, o milho mantém firmeza, registrando alta de 0,12% no último dia 13/02, com a saca cotada a R$ 79,12. Na B3, os futuros de milho registraram alta na última quinta-feira, com destaque para o vencimento mais curto, refletindo a demanda doméstica e atraso do plantio. O contrato março/25 (CCMH25) avançou 1,60%, encerrando o pregão regular de 13/02 a R$ 79,77/sc.
Na Bolsa de Chicago, os futuros do milho mantiveram o movimento positivo ao longo do dia. O USDA divulgou que as vendas semanais de milho dos EUA na temporada 2024/25 totalizaram 1,649 milhão de toneladas até 06/02, número próximo ao limite superior das estimativas do mercado. Além disso, a valorização do trigo contribuiu para a alta do cereal. O contrato março/25 (ZCH25) subiu 0,66%, fechando a sessão diurna de 13/02 a US$ 4,94/bu.
Boi gordo 
O baixo escoamento de carne bovina e uma oferta de animais terminados mais elevada, principalmente de fêmeas, impacta negativamente as cotações. Mato Grosso do Sul e Goiás registraram queda de 0,55%, fechando a R$ 301,05/@ e R$ 303,14/@, respectivamente. Na B3, o cenário seguiu a mesma tendência, com os contratos de mai/25 e jun/25 caindo 1,46%, encerrando a R$ 301,00/@ e R$ 304,75/@.
A exportação brasileira de carne recuou em jan/25, totalizando 180,47 mil toneladas, uma queda de 10,91% em relação a dez/24. O principal fator foi a menor demanda da China, que reduziu as compras em 19,97% (22,75 mil ton), atingindo 91,18 mil toneladas, o menor nível desde mar/24. Do lado ocidental, os EUA também diminuíram as aquisições para 16,54 mil toneladas, 15,83% a menos, devido à dificuldade em obter isenção tarifária.
Soja 
No mercado interno o avanço da colheita pressiona os preços com a saca em Paranaguá/PR recuado para R$ 130,68, queda de 0,73%.
Os futuros da soja em grão registraram pequena alta na última quinta-feira na CBOT. Apesar das fracas vendas semanais de soja dos EUA na temporada 2024/25, que somaram 185,5 mil toneladas até 06/02, e da continuidade da queda do farelo, a valorização do óleo de soja deu suporte às cotações do grão. O contrato março/25 (ZSH25) avançou 0,22%, terminando a sessão regular de 13/02 a US$ 10,30/bu.