Milho

As propostas de compra do milho em Dourados (MS) continuam ao redor de R$ 41,00/sc (FOB) – retirada imediata. Mas o agricultor segue resistente em entregar a matéria-prima por valor inferior a R$ 43,00/sc.

A queda de braço também impacta negativamente o ritmo das negociações da safrinha, e enquanto a ponta compradora tenta originar o cereal por R$ 31,00/sc (entrega em agosto e pagamento no mês seguinte), a ponta vendedora busca níveis em R$ 32,00/sc.

E se os preços estão praticamente andando de lado no mercado físico, a semana foi de volatilidade em bolsa. Houve importante recuo na terça-feira (11), após divulgação do relatório da Conab prevendo produção maior.

A queda colocou a referência do contrato de setembro em R$ 40,91/sc (-1,42%), mas com recuperação nos pregões seguintes, o fechamento da véspera (14) ficou em R$ 41,70/sc (+1,93% desde a mínima recente).

Boi gordo

O relatório semanal do Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) destaca que com o aumento do abate de fêmeas desde 2017 e, consequentemente, uma diminuição na oferta, levam a crer em uma valorização da reposição em 2020.

O Instituto afirma que desde out/19 até a primeira semana de fev/20, o preço do bezerro avançou 16,79% (R$ 1.602,61/cab) e o garrote 21,02% (R$ 1.947,48).

Outro ponto de destaque do relatório foram as exportações de carne bovina pelo Mato Grosso, em jan/20 foram enviadas 120,31 mil TEC (tonelada equivalente carcaça), acarretando queda de 34,79% quando comparado a dez/19. Entretanto, se comparado ao mesmo período do ano passado o avanço é de 35,32% e tem como principal cliente a China.

Ontem (13), o indicador Cepea/Esalq fechou em R$ 195,55/@, queda diária de 1,01% na comparação diária.

Soja

Os futuros da soja em Chicago mostraram recuperação nesta semana, o vencimento de menor prazo avançou 1,73% ao longo desta semana.

Para a semana seguinte, será importante alguma indicação de compra chinesa, fator que poderá sustentar altas mais consistentes, já que o acordo comercial entre EUA e China entra em vigor neste sábado.

Por outro lado, a disseminação do Coronavírus ainda gera cautela dos mercados, especialmente pelo temor de que o surto possa impactar negativamente a demanda chinesa por commodities agrícolas.

No Brasil, o último indicador fechou com nova alta de 0,75% e parcial em R$ 88,34/sc.