Milho

O Departamento de agricultura dos EUA divulgou na tarde de ontem (12) seu novo boletim mensal de oferta e demanda.

Para o milho, o USDA estimou produção americana em 350,50 milhões de toneladas, cortando 2,58 milhões de toneladas neste boletim (relatório de ago/19 projetava produção de 353,08 milhões de toneladas).

A revisão foi menor do que o esperado pelo mercado, que acreditava em um ajuste de 7,30 milhões de toneladas, para proporção próxima a 345,80 milhões de toneladas.

Entretanto, os ajustes feitos para o milho pelo USDA estão em linha com as informações que chegam das lavouras americanas, incluindo os relatórios semanais de acompanhamento das culturas, levantados pela mesma instituição.

E apesar do corte de produção, o USDA subiu ligeiramente a sua estimativa para os estoques finais de milho, agora em 55,62 milhões de toneladas (+0,39%), devido a um reajuste de 3,6% em seus estoques iniciais.

O mercado esperava estoques finais menores, em 49,1 milhões de tons.

O relatório pressionou positivamente as indicações em Chicago, contagiando também os futuros na B3. O contrato para nov/19 subiu 1,0% no pregão ontem, com fechamento em R$ 39,09/sc – maior patamar desde 09 de agosto.

Boi gordo

Segundo dados das Pesquisas Trimestrais de Abate de animais, divulgados pelo IBGE ontem, quinta-feira (12/set), foram abatidas 8,04 milhões de cabeças de bovinos no segundo trimestre de 2019, alta de 1,4% em relação ao trimestre anterior (1ºTRI/19).

Outro ponto importante foi o abate de novilhas que acelerou 24,31% na comparação anual, e avanço de 9,50 p.p. na comparação trimestral. No 2ºTRI/2019 o país abateu 1.084 cabeças de novilhas, contra 872 cabeças no mesmo trimestre em 2018.

Ontem (12/set), o indicador Esalq/B3 fechou a R$ 158,85/@, alta de 0,60% no comparativo diário.

Nos primeiros 5 dias úteis de setembro/19 as exportações de carne bovina in natura ganharam fôlego, contabilizando um volume total de 35,92 mil toneladas e uma receita de US$ 153,53 milhões.

A média diária registrada ficou em 7,18 mil toneladas, alta de 25% em relação à média do mês anterior.

Se o ritmo diário se repetir, devem ser exportadas 150,88 mil toneladas de carne bovina in natura neste mês. Se confirmado, o volume representa um crescimento de 19,34% frente a quantidade embarcada em agosto/19, e alta de 0,16% na comparação com o mesmo mês em 2018.

Soja

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou seu novo relatório mensal de oferta e demanda, com reflexos positivos sobre os preços em bolsa.

Para a soja, cortes importantes foram feitos para os estoques finais e para a produção norte-americana. Os estoques foram ajustados de 20,54 para 17,43 milhões de toneladas (-15%).

A produção foi revisada de 100,16 para 98,88 milhões de toneladas, em linha com as expectativas do mercado.

Os cortes acontecem após um atraso no desenvolvimento das lavouras, com o clima desafiador no início da temporada atrapalhando a semeadura das lavouras.

Os ajustes para a soja pressionaram positivamente as cotações em Chicago, que avançam ao redor de 20 cents/bushel na quinta-feira (12/set), recuperando os patamares de preços observados ao final de julho deste ano.