Milho

Ontem (12/jun), o mercado esteve mais líquido, respondendo às novas valorizações em Chicago, com demanda aquecida para exportação para atender especialmente o mercado asiático.

Os prêmios em Santos para embarques em agosto estão em US$ 0,21/bushel – estáveis desde o início da semana.

Já no mercado físico as cotações seguem fortalecidas, apesar do início da colheita da safra de inverno. Neste sentido, espera-se que os produtores fiquem mais inclinados a entregar os contratos fechados anteriormente, limitando ajustes de preços no spot no curto prazo.

As valorizações dos contratos futuros contagiaram as negociações do físico, com a as indicações maiores, o que ampliou os volumes de negócios. Em Dourados – MS, houve negócios ao redor de R$ 29,00/sc (FOB).

Na B3 os futuros continuam avançando e o contrato para julho/19 retorna aos maiores patamares já registrados, em R$ 38,69/sc.

O vencimento para novembro/19 sobe com intensidade ainda maior: a valorização de R$ 0,85/sc renova as suas máximas e tem parcial em R$ 40,50/sc. A escalada das cotações gera oportunidades de proteção para o produtor e encarece o hedge para o comprador. A alta volatilidade ainda mantém os prêmios das opções relativamente valorizados.

Boi gordo

A retomada das exportações para a China deve aumentar a liquidez no mercado físico e dar novo fôlego para a arroba do boi gordo. Espera-se que a nota oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) com a divulgação oficial da informação seja liberada hoje.

As indústrias que estavam operando com capacidade ociosa e/ou pulando dias de abate deverão originar animais com maior avidez daqui em diante, em uma tentativa de recompor as escalas que, especialmente em SP e MS, estão reduzidas.

As escalas de abate em São Paulo, que trabalhavam entre 8 e 10 dias até o final de maio/19, agora atendem a 5,3 dias.

Entre janeiro e abril/19, a China representou 17% do volume total de carne bovina exportado pelo Brasil. Na média mensal, embarcou-se mais de 23,5 mil toneladas para os chineses, um papel relevante no contexto dos abates brasileiros.

Ontem (12/jun), o indicador Esalq/B3 fechou em R$ 146,00/@, alta de 0,03% ante cotação anterior.

Na B3, o mercado futuro avançou, motivado pelo aguardo da retomada dos embarques para a China. Ontem, o vencimento junho/19 subiu 0,67% e fechou em R$ 150,65/@. Já o vencimento outubro/19 se fortaleceu 1,43% e encerrou o dia em R$ 163,20/@.

Nesta manhã, os contratos futuros continuam subindo. O vencimento junho e outubro/19 estão sendo negociados em R$ 151,00/@ (+0,23%) e R$ 163,40/@ (+0,40), respectivamente.

Soja

Na semana passada, o plantio da soja nos EUA conseguiu registrar o maior avanço desta temporada, ampliando em 21% o plantio sobre a área prevista.

Mas as previsões climáticas voltam a apontar novas chuvas nos próximos dias, o que pode prejudicar o andamento dos trabalhos a campo e impactar negativamente as culturas já semeadas.

Assim, a volatilidade se mantém em alta, com novas valorizações em Chicago hoje. Aliás, há exatos 30 dias, o contrato para julho/19 registrava os menores preços já negociados para este contrato e a parcial hoje em US$ 8,82/bu se mostra quase 10% acima dos US$ 8,03/bu daquela época.

As correções para cima dos contratos da soja acontecem pelo mercado climático, mantendo indefinida qual será a produção com o grão nos EUA, corrigindo para cima os preços que estavam em baixa pela disputa comercial entre EUA e China.

Além disso, o dólar que iniciou a manhã em campo negativo passou a subir no período da tarde. A valorização diária de 0,45% elevou o dólar para R$ 3,86.

Com as valorizações na CBOT e para o câmbio, as referências ficaram ligeiramente maiores ontem no mercado físico brasileiro. As indicações em Paranaguá subiram 0,40% para R$ 81,50/sc.

Alta mais expressiva em Rondonópolis – MT, subindo 1,28% com referência no balcão em R$ 69,45/s (FOB).