Milho

Ao final da última semana, as negociações se registraram mais aquecidas nos portos brasileiros para a exportação do cereal, com os prêmios em Paranaguá subindo 3 pontos para US$ 26,00/bushel.

A elevação dos prêmios também estimula a negociação da ponta vendedora, e dada a perspectiva de safrinha cheia, o desempenho da exportação será fundamental para equilibrar as cotações domésticas.

Aliás, as projeções para a produção brasileira vêm passando por revisões positivas, depois da CONAB elevar sua previsão para 95 milhões de toneladas, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) também subiu suas estimativas.

Segundo o USDA, o Brasil deve produzir 100 milhões de toneladas (alta de 4,16% ante o boletim anterior), e exportar 32 milhões de toneladas (variação de +3,22%).

E assim, as referências em Paranaguá ficam entre R$ 34,00 e R$ 35,00/sc – ligeiramente menores ante as indicações acima de R$ 35/sc das semanas anteriores.

Por fim, a última referência do CEPEA se ajustou 0,27% para R$ 32,93/sc, mas preservando os níveis de preços da última semana.

Boi gordo

Com escalas alongadas e consumo interno enfraquecido, a arroba do boi gordo pode ceder nos próximos dias.

Na média da última semana, as escalas trabalharam em 7,3 dias úteis, o que permite uma maior tranquilidade para a indústria na originação de animais terminados.

Além disso, o período de maior escoamento de carne bovina no atacado se aproxima do fim e a demanda interna deve se ajustar até o final do mês, pressionando os preços da carcaça casada bovina e, consequentemente, da arroba do boi gordo.

Na tarde de hoje (13), a Secex (Secretaria de Comércio Exterior) divulgará as exportações parciais dos 7 (sete) primeiros dias úteis de maio.

No consolidado de janeiro a abril, os embarques de carne bovina cresceram 14,7% em volume ante o mesmo período do ano passado.

Na sexta-feira (10/mai), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 151,25/@, queda de -1,47% no comparativo diário.

No mercado futuro da B3, o vencimento maio avançou 0,07% e fechou em R$ 152,30/@. Já o vencimento outubro encerrou o dia em R$ 159,40/@ (-0,16%).

Soja

Na última sexta-feira, o relatório do USDA gerou nova pressão negativa aos preços em Chicago.

O órgão subiu em 11% sua expectativa para os estoques norte-americanos com soja, apontando um volume em torno de 27,08 milhões de toneladas até o final do ano, e acima das expectativas do mercado (ao redor de 25 milhões de tons).

Além disso, o USDA calcula produção de 112,95 milhões de toneladas em 2019/20. Trata-se de um volume 8,66% menor ante a temporada atual, entretanto, as condições climáticas podem ampliar a área cultivada com soja, reajustando para cima os números de produção.

Para o Brasil, o órgão espera produção de 123 milhões de toneladas, que se confirmado, representaria avanço de 5,12% ante a atual safra – projetada em 117 milhões de toneladas.

E ainda, a China deve reduzir suas importações com soja para 86 milhões de toneladas neste ano, queda de 8,6% ante as 94,10 milhões de toneladas compradas na temporada 2017/18.

Portanto, é neste ambiente de estoques cada vez maiores nos EUA, com previsão de nova safra volumosa no Brasil e demanda menor na China que as cotações em Chicago caem em torno de 14,75 pontos nesta manhã.